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Descrer para Crer

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Esta matéria dá resposta às indagações do professor Amaral, ex-padre Redentorista, de Juiz de Fora, MG, a quem agradeço. Jesus não sofreu e não morreu pelos pecados de ninguém, nem Dele mesmo, pois não os tinha. E se Deus tivesse exigido e determinado o sofrimento e a morte de Jesus por nossos pecados, Ele seria injusto.

Ademais, nós teríamos que admitir que Deus estaria por trás do crime que vitimou Jesus, e ainda teríamos que admitir também o absurdo de que Deus pecou! Além de tudo isso, um pecado jamais poderia anular outros pecados.

Quanto a Deus e Jesus terem conhecimento antecipado dos fatos, “não confundamos João Germano com gênero humano!” Eles saberem com antecedência o que ocorreria não implica responsabilidade no acontecimento do fato. E até nós, também, podemos ter o dom de profecia ou mediunidade precognitiva.

Jesus, por amar muito a humanidade, veio ao nosso Planeta com um único objetivo, ou seja, o de trazer a mensagem de Deus para nós, em conseqüência do que seus inimigos, por seu livre-arbítrio e por causa de seu atraso evolutivo, perseguiram-No e mataram-No. Por isso, Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem!” E a ressurreição é do espírito (1 Coríntios 15,44).

Carne e sangue não podem herdar o reino dos céus (1 Coríntios 15, 50). O que importa é o espírito, a carne para nada aproveita (João 6,63). A corrupção do corpo não pode herdar a incorrupção do espírito (1 Coríntios 15,50).

Na dimensão espiritual, pois, é impossível haver matéria carnal. Deus, o Pai dos espíritos (Hebreus 12,9), é Espírito sem corpo. Por isso, somos semelhantes Ele só em espíritos especiais que somos.

E daí que os animais não são semelhantes a Deus! O homem deita-se e não se levanta (não ressuscita) [Jó 14, 10 a 12]. Mas o espírito imortal do homem levanta-se, ressurgindo ou ressuscitando na carne, na reencarnação, e no mundo espiritual, na desencarnação (Eclesiastes 12,7).

Certas doutrinas teológicas, que respeitamos, tornam-nos espiritualistas frios, quando não ateus. A teologia de sangue ou de que o sangue de Jesus teria acalmado Deus, e, conseqüentemente, resgatado os nossos pecados, é um grande erro que tem levado muita gente ao ateísmo. E é por isso que, às vezes temos que descrer, para crer!

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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