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Uma palavra sobre os Evangélicos

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Gostaria fazer algumas considerações sobre os nossos companheiros evangélicos.

Vejo sempre as discussões, os textos por eles criados, contra todas as religiões ou crenças diferentes das deles, os ataques à fé alheia, sem piedade, dentre tantas outras coisas.

Tenho me lembrado de tantos acontecimentos similares ao longo da História da Humanidade, sempre sendo usado o nome de Deus e de Jesus.

Levando em consideração como os espíritos trevosos trabalham, nas sombras, muito sutilmente, pergunto: como é que se realiza uma “lavagem cerebral” nos fiéis evangélicos? Esse trabalho, obviamente, não é dos homens. Dentro do Espiritismo conhecemos muito bem o perigo das obsessões realizadas por espíritos impiedosos e voltados para a luta contra o Cristo. E sabemos que a fascinação é a pior delas, onde a pessoa tem pensamentos e idéias “colocadas” em sua mente e as consideram fruto de sua própria inteligência, quando não uma verdade vinda diretamente de Deus. Eles realmente acreditam no que falam! E acham que é o Espírito Santo que lhes inspira o pensamento!

Vejamos o que temos na literatura espírita sobre o assunto:

239. A fascinação tem conseqüências muito mais graves. E uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o fazer achar sublime a linguagem mais ridícula. Fora erro acreditar que a este gênero de obsessão só estão sujeitas as pessoas simples, ignorantes e baldas de senso. Dela não se acham isentos nem os homens de mais espírito, os mais instruídos e os mais inteligentes sob outros aspectos, o que prova que tal aberração é efeito de uma causa estranha, cuja influência eles sofrem.

Já dissemos que muito mais graves são as conseqüências da fascinação. Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas. – Alan Kardec – O Livro dos Médiuns – cap. XXIII.

56. A obsessão é o império que maus Espíritos tomam sobre certas pessoas, tendo em vista dominá-las e submetê-las à sua vontade, pelo prazer que sentem em fazer o mal. Quando um Espírito, bom ou mau, quer agir sobre um indivíduo, ele o envolve, por assim dizer, com o seu perispírito, como um manto; os fluidos se penetram, os dois pensamentos e as duas vontades se confundem, e o Espírito pode, então, se servir desse corpo como do seu próprio, fazê-lo agir segundo a sua vontade, falar, escrever, desenhar, tais são os médiuns. Se o Espírito é bom, a sua ação é doce, benfazeja; ele não leva a fazer senão boas coisas; se é mau, leva a fazê-las más; se é perverso e mau, constrange-o, como numa rede, paralisa até a sua vontade, o seu julgamento mesmo, que abafa sob o seu fluido, como se abafa o fogo sob uma camada de água; fá-lo pensar, falar, agir por ele, impele-o, apesar dele, a atos extravagantes ou ridículos, em uma palavra, o magnetiza, o cataleptiza moralmente, e o indivíduo se torna um instrumento cego de suas vontades. Tal é a causa da obsessão, da fascinação e da subjugação, que se mostram em graus de intensidade muito diferentes. – Alan Kardec – Obras Póstumas – pág 59.

Do mesmo modo que as doenças resultam das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral, que dá acesso a um Espírito mau. A causas físicas se opõem forças físicas; a uma causa moral, tem-se de opor uma força moral. Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para o livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros. O auxílio destes se faz indispensável, quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque aí não raro o paciente perde a vontade e o livre-arbítrio.

Quase sempre, a obsessão exprime a vingança que um Espírito tira e que com freqüência se radica nas relações que o obsidiado manteve com ele em precedente existência.

Nos casos de obsessão grave, o obsidiado se acha como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. – Allan Kardec – O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap XXVIII. Estes textos, retirados das obras básicas, são uma pequena amostra do que temos relacionado sobre a fascinação. De acordo com o que vimos acima, a pessoa que está subjugada por espíritos que têm o interesse de lutar contra o avanço do bem nesta Terra, age de forma que julga ser ela mesma a criadora de tais idéias ou se
julga a serviço de Deus.

No passado vimos as perseguições realizadas contra os cristãos, primeiro pelos romanos, nos sacrifícios dos circos e depois pelos próprios cristãos, na inquisição. Neste último caso, os próprios religiosos realizavam horrores em nome de Deus. Atualmente, temos uma perseguição mais sutil, mas nem por isso menos terrível, já que são religiões contra religiões, e todas defendendo o mesmo Cristo. É um grande paradoxo essa situação.

Mas o ponto onde quero chegar é a atuação das esferas inferiores nessa história toda. Sabemos que vários espíritos vieram para a Terra exilados de outras esferas, justamente por estarem realizando atrocidades e maldades num mundo que já não comportava tais atitudes. Então, numa manobra sábia, foram levados para um lugar ainda primitivo, onde suas más tendências poderiam se aproveitadas, trazendo crescimento e progresso para as criaturas nativas desse orbe: a Terra. Esses espíritos não vieram inconscientes de sua situação de deportados. Alguns já em sua segunda ou terceira deportação, tão arraigados na sua decisão de atuar no mal. Foram esses mesmos espíritos que viveram no Egito, que trouxeram em sua bagagem mental a idéia da queda do paraíso, de possibilidade de se reencarnar em corpos de animais. Que trouxeram inovações nas artes da guerra, na conquista do poder. E que também se passaram por deuses aos simplórios espíritos filhos da Terra.

Neste momento em que passamos, onde a Terra está na fase de transição, de graduação, estes mesmos espíritos, que por milhares de anos dominaram os homens, estão tentando sua última cartada, pois sabem que não mais poderão estar atuando aqui por muito tempo. Os seus instrumentos, nessa tentativa de atrasar a marcha dessa evolução, dentre outros, são justamente os nossos irmãos evangélicos, pela sua capacidade de acreditar de olhos fechados no que lhes é dito, pelo seu coração ainda fechado para as verdades espirituais. E até mesmo enviados das trevas estão atualmente encarnados como pessoas de poder neste setor da religião. Neste exato momento, estão se infiltrando na política e em vários segmentos da sociedade para poderem exercer sua influência com maior abrangência. È tudo muito bem planejado pelos espíritos interessados em que o Homem não conheça o Evangelho na sua essência. Em que o Homem não se reconheça filho e herdeiro de Deus.

Todas essas pessoas que atacam a Doutrina Espírita e as outras religiões são seus fiéis seguidores. O interesse é desmoralizar Jesus, pois sabem que Ele é quem está à frente deste novo movimento migratório de espíritos para outros orbes. É Jesus quem está orientando àqueles que se sintonizam com suas palavras a identificar e promover este exílio. E são os espíritas que estão respondendo com mais atuação neste sentido. Então, nada mais lógico que ser o Espiritismo seu alvo principal, a ser desmoralizado e destruído.

Estejamos muito atentos, pois não estamos simplesmente debatendo contra detratores do espiritismo, mas sim dentro de uma guerra de maiores proporções, onde o vencedor fica com poderes sobre a Terra. Sejamos muito vigilantes, para que não nos desviemos do foco, que nem sempre é estar respondendo aos ataques verbais destes irmãos controlados pelas trevas, mas sim de estarmos trabalhando para a limpeza de nossa casa, nosso planeta. Muitas vezes nos perdemos, desviamos nossa atenção para estes irmãos, que são na realidade uma distração, para focarmos nossas energias no ponto errado.

Estejamos atuantes em nossas casas espíritas, no sentido de alertar a vigilância e o cuidado, para que não nos desviemos do nosso principal objetivo: difundir o Espiritismo e o Evangelho para que nosso mundo chegue ao seu momento de maturidade limpo, com o Bem imperando e os Homens em sintonia com Deus. Saibamos criar momentos em nossos centros espíritas, onde a espiritualidade superior possa estar trabalhando esses espíritos, no sentido de resgata-los de seus erros. Pois muitos já estão cansados dessa guerra, mas não têm como fugir. Estão escravizados, obrigados pelos seus superiores a agirem contra o espiritismo, mas sabem que é no Espiritismo que está sua salvação. Muitas vezes se aproximam de irmãos espíritas, realizando obsessões, mas no fundo estão em busca de socorro. Se forem tratados como irmãos enfermos, em nossas reuniões de desobsessão, não raro se entregam e pedem por socorro, para si e para os seus. Se trabalharmos, cuidando desses espíritos escravizados, que influenciam nossos companheiros evangélicos, estaremos dificultando a ação das trevas. Claro que isso nos trará novos embates, mas se estamos ligados ao bem e a Jesus, teremos todo o apoio e respaldo para tal trabalho.

Portanto, estejamos defendendo o Espiritismo sim, mas também concentrando nossas forças, nosso intelecto e principalmente nosso coração no esclarecimento daqueles que estão por trás dos detratores, retirando-os do erro e os devolvendo ao seu lugar, que é como cristãos, no trabalho do progresso e implantação do Bem na Terra.

Alicia Caldas – Outubro de 2005

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Colaborador GAE
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Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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