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Dos dois Espíritos Santos, qual é Deus único?

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Refletir e falar sobre a Santíssima Trindade não é um pecado

Refletir e falar sobre a Santíssima Trindade não é, na visão dos teólogos medievais e de alguns de hoje, um pecado e menos ainda uma confissão de ateísmo. Miguel Servet, mártir da Inquisição Protestante Calvinista, morreu queimado por ordem de João Calvino, por publicar sua obra “De Trinitatis Erroribus” (“Erros da Trindade”) – “O Homem em Busca de Deus”, página 322, Ed. Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.

Não podemos esquecer que os teólogos, por serem seres humanos como qualquer um de nós, não são infalíveis. Algumas de suas doutrinas somente sobreviveram pelo poder das religiões unidas à força dos imperadores ou reis do passado.

Dos dogmas (doutrinas obrigatórias para os cristãos), o da Santíssima Trindade é o mais polêmico e o maior obstáculo para o entendimento entre muçulmanos e cristãos. E essas polêmicas sobre ele entre os próprios teólogos cristãos só acontecem a portas fechadas, o que, aliás, não é bem um erro, pois até Jesus só tratava de certas questões com os apóstolos. E Ele afirmou que tinha muitas coisas para dizer ainda, mas que não as dizia porque as pessoas daquela geração não estavam preparadas para ouvi-las.

O conhecimento de tais coisas pelas pessoas daquela geração ficou, pois, para outra geração de suas vidas futuras. Os teólogos têm uma teimosia em afirmar que os dogmas, em hipótese alguma, podem ser postos em dúvida… Perguntamos: essa teimosia é fruto da virtude duma fé sincera ou fruto do ego deles carente de humildade?

E não se sintam eles ofendidos com o que dizemos, pois todos nós, no nível atual de evolução da humanidade, estamos sujeitos a cometer esse tipo de erro proveniente de nosso ego, que, frequentemente, está aflorado…

Vamos ver um dos fatos ocorridos com santo Agostinho e que provam que ele era um grande médium, como geralmente o são os santos canonizados pela Igreja, embora não saibamos se ele não passa de uma lenda.

Conta-se que ele, que foi o maior divulgador da Santíssima Trindade, certa vez, em uma de suas reflexões sobre ela, teve uma visão de uma criança pegando água do mar com uma folha de planta e colocando-a num buraco de formiga. E ele ouviu dela a explicação de que era mais fácil ela colocar toda a água do mar naquele buraco do que ele entender o mistério da Santíssima Trindade…

Entende-se, sem dúvida nenhuma, que o Espírito Santo ou o Santo Espírito de Deus Pai da Primeira Pessoa da Santíssima Trindade é o Deus verdadeiro ou o Deus Pai, Criador Incriado e Único, mas o Espírito Santo da Terceira Pessoa (conjunto de todos os espíritos humanos ou terráqueos, segundo dá a entender são Paulo em 1 Coríntios 3: 16; e 6: 19), tornou-se o mais conhecido e mais falado entre os cristãos, apesar de ele ser criatura criada pelos teólogos trinitaristas, que sempre muito o divulgaram, a ponto de, infelizmente, o Espírito Santo de Deus Pai, verdadeiro e único (1 Timóteo 2: 5) ficar meio esquecido…

Artigo publicado no jornal O Tempo dia 25/10/2021

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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