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Tranquilizemo-nos com nosso modo de crer

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Em religião, temos que cuidar daquilo que nós semeamos

A palavra religião tem em santo Agostinho a sua melhor definição, a qual é a mais conhecida e a mais aceita, universalmente, pois é muito clara pela sua etimologia. Ela vem do verbo latino “religare” (religar) e significa uma prática religiosa e ritualística para as pessoas se ligarem, novamente, a Deus, pois, elas foram criadas por Ele com a natureza delas, em espírito, semelhante à d’Ele.

Sofremos influência do nosso egoísmo, procedente de nosso ego inferior orgulhoso, vaidoso e divisor das pessoas, e que lembra as conhecidas frases de Jesus: “a carne é fraca” e “da carne nada se aproveita.” Realmente, as pessoas só se religarão a Deus, se elas se unirem e se amarem, mutuamente, formando, assim, uma corrente de amor, por meio da qual somente podem entrar em sintonia com a de Deus, que é de amor infinito e, pois, incondicional para com todas as suas criaturas sem exceção, como diz a Bíblia. De fato, Deus as ama sempre, por todas as eternidades, já que Ele é imutável, pois já é perfeito ao máximo, ou seja, de perfeição infinita.

São Paulo (Efésios 2: 8) ensina que a salvação é pela fé (crença), que é um dom gratuito dado a nós por Deus, pelo que ninguém, pois, deve vangloriar-se dela.

Uma vez, fiz uma coluna em que digo que muitos gostaram dessa passagem paulina que, com todo respeito, ela envolve uma crença que alguém chamou de “religião da preguiça”, pois, é muito fácil de ser seguida, bastando apenas mantermos a crença que temos. Mas o próprio São Paulo nega essa sua ideia, pois, fala em Romanos 2: 6-8 que a cada um será dado segundo suas obras, o que são João confirma, também, no Apocalipse 22:12.

Isso demonstra o que digo muito: A Bíblia é a palavra de homens sobre Deus… De fato, se ela fosse a palavra de Deus, como foi e é ensinado, ela não teria essas contradições.

Refletindo sobre essas duas opiniões paulinas diferentes, cremos, pela lógica e o bom senso, que a certa é aquela em que ele afirma, de acordo com a muito importante lei universal da Bíblia e de todas as outras grandes escrituras sagradas, ou seja, a lei de causa e efeito, infelizmente, pouco falada pelos nossos líderes religiosos, com exceção, principalmente, dos espíritas. Creio que São Paulo teve um momento normal de um cochilo filosófico-teológico, confundindo a nossa crença com nossa salvação ou libertação.

A verdade é que não devemos nos preocupar jamais com a nossa religião, seja qual for, mas com o que nós semeamos, que pode nos levar a criar um carma de sofrimento para nós mesmos, nunca para Deus, que é inatingível, e pelo que já dissemos muito, Ele é imutável por todas as eternidades!

Artigo publicado no jornal O Tempo em 12/08/2024
PS: (*) Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior. Palestras e entrevistas em TVs com ele no YouTube e Facebook. Seus livros estão na Amazon, inclusive os em inglês, e a tradução da Bíblia (N.T.). Contato (Cássia e Cléia): contato@editorachicoxavier.com.br ou jreischaves@gmail.com 

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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