Introdução
É muito interessante como as pessoas fazem pouco-caso do que as outras pensam. No segmento religioso então nem se fala. Alguns que seguem determinada corrente se consideram os únicos “donos” da verdade, como se a verdade fosse algo de sua exclusiva posse. Não se apercebem que a verdade de cada um está intrinsecamente ligada a sua própria evolução. Essa evolução abrange tanto o aspecto de conhecimentos adquiridos como também ao próprio estágio evolutivo espiritual que cada um de nós possui.
Assim a verdade de um pode não ser a verdade de outro. Mesmo em relação à própria pessoa, uma verdade de uns 10 anos atrás pode não representar mais nada nos dias de hoje. Muitos ainda, por exemplo, não acreditam que o homem foi à lua, outros nem sabem que ele foi, entretanto isso não influi em nada o fato de ter ido.
Frequentávamos o Grupo de Estudos e Assistência Kardecista – GEAK, na cidade de Guanhães, MG, onde no dia 15/05/2001 encontramos na caixa de correio a Revista Ultimato, Ano XXXIV – Nº 270, Maio/Junho 2001, cuja reportagem de capa diz: Reencarnação & Espiritismo, com as seguintes frases: “A reencarnação deixa o fardo todo nas costas do devedor. Ele que se vire. A salvação transfere o fardo para os ombros de Jesus Cristo” e “A Reencarnação transfere o devedor de cadeia em cadeia neste e em outros mundos. A salvação retira o pecador da cadeia antes que ele morra”.
Se não fosse essas frases poderíamos até pensar que seria uma cortesia de alguém do movimento Espírita, até mesmo porque o Grupo que frequentávamos não tem assinatura de nenhum periódico. Mas a nossa surpresa foi que ela é de cunho presbiteriano. Talvez quem a colocou tenha a ingenuidade de achar que iríamos mudar nosso pensamento diante dos argumentos constantes da revista. Segundo o linguajar comum nesse meio: “Seria convertido a Jesus”.
Só que deu o efeito contrário, pois a nossa convicção se tornou mais forte ao lembramos da passagem em que Jesus disse: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós” (Mateus 5,11).
Assim não só não mudamos de opinião como iremos contra-argumentar alguns dos pontos de vista colocados nessa revista.
Vamos a eles então. Cabe-nos explicar que apresentaremos os assuntos dividindo-os conforme a ordem dos textos publicados nela.