Dogma criado por teólogos complica doutrina do monoteísmo
É difícil falar sobre o Espírito Santo da Santíssima Trindade. E alguns dizem que eu sou muito corajoso exatamente porque tenho feito várias matérias falando sobre ele que, às vezes, é tido até como sendo mais importante do que o Espírito Santo de Deus Pai, o que, sem dúvida, é um grave erro!
Parece que esse assunto ainda vai longe até que ele seja resolvido pelos teólogos cristãos, principalmente, os da Igreja Católica Latina ou Ocidental, cujo nome preferido pelo Catolicismo é Igreja Católica Apostólica Romana. É que a doutrina fundamental do cristianismo, o monoteísmo, ficou ainda mais confusa com o Espírito Santo.
A doutrina de que Jesus Cristo é também Deus do Concílio Ecumênico já tinha abalado muito o monoteísmo cristão. O certo é que, realmente, com a criação do Espírito Santo e que virou dogma, essa questão se agravou mais ainda.
É por isso que os teólogos cristãos, geralmente, preferem o silêncio sobre o Espírito Santo. Eles limitam-se a dizer que se trata de um mistério de Deus (criação misteriosa feita por Deus e que não podemos entender?). Mas Deus não nos expõe doutrinas nem preceitos que não podemos entender. E o certo é que foram eles mesmos, os teólogos, que criaram, sustentaram e sustentam tal mistério que, repetimos, é mistério deles. Jesus e os apóstolos o ignoraram totalmente, nunca falando nada sobre ele, mesmo porque ele só foi criado no século IV, mais precisamente em 381 no Concílio Ecumênico de Constantinopla.
Realmente, os teólogos e os líderes religiosos têm muito medo de falar sobre o Espírito Santo. Isso porque ele virou dogma e assim foi e é divulgado à saciedade por eles, desde que ele foi criado no citado concílio ecumênico. E não é para menos, pois, na época da Inquisição, muitos morreram na fogueira por discordarem dele.
Eu não tenho medo de falar sobre o Espírito Santo, porque não existe mais a Inquisição e, também, porque não fiz votos de obedecer a autoridades eclesiásticas de nenhuma igreja, pois, sou leigo. E com estas matérias de minha coluna em O TEMPO isso fica bem claro, mas com muito respeito a todas as crenças de todas as religiões.
E, para ficar bem clara a minha posição sobre o Espírito Santo, repito parte do que já disse: eu tenho coragem para falar sobre ele, porque não fiz nenhum voto de obediência doutrinária a autoridades eclesiásticas de nenhuma igreja. E lembrando que as Igrejas protestantes tiveram também suas inquisições, afirmo que as inquisições são exemplos de quantos males o atraso evolucional espiritual pode nos causar.
Se eu tivesse feito os votos acima citados, certamente, eu agiria como os atuais teólogos e líderes religiosos, ficando também em silêncio!