Nem todo o ensino de Moisés é divino. Por que ele proibiu o contato com os espíritos (Dt 18,11) e aceitou-o com Medade e Heldade? (Nm 11, 26-29). Devemos desobedecer a Deus e assassinar os espíritas? (Lv 20,27). E os espíritos do próprio Moisés e Elias manifestaram-se a Jesus na Transfiguração! Para os judeus, todo espírito comunicante era Javé (“Adonai”) ou um anjo bom (“spiritus bonus na Vulgata). Mas há também os maus. E devemos examiná-los
(1 Jo 4,1-2).
O Bom Ladrão, como todos nós vamos, foi para o mundo espiritual (Ec 12,7). Mas, se o espírito ainda não for vencedor, ele não fica lá (Ap 3,12). Avacalharam com a Bíblia. Só Lutero tirou dela 7 livros. A palavra “Espiritismo” só foi criada por Allan Kardec, há 150 anos.
Como, pois, ela pode estar num texto bíblico escrito há quase 4.000 anos? (Dt.18,11). A reencarnação não é doutrina só espírita. Em 2.000, 2/3 da população mundial aceitavam-na (pesquisa da Universidade de Oxford em 212 países). É também bíblica: “Somos de ontem e nada sabemos” (Jó 8,9). E é científica: Terapia de Vivências Passadas, Genética, F. Quântica, Transcomunicação, Projeciologia etc. Os líderes religiosos (nem todos) são contra ela porque, para o reencarnacionista, a salvação depende da vivência do Evangelho do Cristo, e eles querem “vender” para nós a salvação! “Os homens não perdoam as doutrinas que lhes fazem perigar os interesses” (Salomon Reinach). E destarte, o Concílio de Constantinopla (553) eliminou a reencarnação (nosso livro “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”, pág. 185).
Numa visão da Bíblia sem mistério, Paulo (Hb 9,27) está certíssimo, pois o homem morre uma vez só e “bem morrido!” Ninguém se levantará da sepultura (Jó 7,9). O espírito do homem, porém, imortal que é, continua “vivinho da silva!” Apenas se retira do homem morto e é julgado para receber o seu carma (2 Co 5,10). Mas haverá um juízo final, pois o espírito, por continuar reencarnando, terá novos carmas, a menos que algum teólogo invente que Deus não julgou bem antes!