A lei de causa e efeito física e a espiritual

A lei de causa e efeito é científica e filosófica. Ela está de acordo com a física clássica de Newton. E essa lei física clássica de causa e efeito universal é também espiritual e tem muito a ver com a palavra sânscrita “carma” das religiões orientais.

O egípcio Hermes Trismegisto (Três Vezes Grande) do Egito Antigo, há 3.000 anos antes de Cristo, foi o primeiro a falar nela e foi mestre de Abraão e, pois, influenciador do judaísmo, do cristianismo e do islamismo. E ele é tido como um deus forte, da noite (que vê no escuro), da lua, e é ligado ao ocultismo (conhecedor do desconhecido), à numerologia, à cabala e às mitologias egípcia, grega e romana.

Pois bem, a lei de causa e efeito física evoluiu para a física quântica, com o físico alemão Max Planck, pai da física quântica que, sem entrar em detalhes, é também de causa e efeito. Mas ela, de acordo com o dito popular: “toda regra tem exceções”. E essas exceções ou variações, o físico teórico alemão Heisenberg, Prêmio Nobel de física em 1932, denominou de “Lei das Incertezas”. E a lei de causa e efeito filosófica espiritual universal tem também suas variações.

Dissemos que a lei de causa e efeito espiritual universal tem também suas incertezas ou variações. Pois bem. Disse o maior dos Mestres: “Nem todo aquele que diz ‘Senhor! Senhor!’ entrará no Reino dos Céus. Mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus”. (Mateus 7: 21). E diz são Pedro na sua Primeira Carta: “Antes de tudo, exercei profundo amor fraternal, uns para com os outros, porquanto, o amor cobre uma multidão de pecados…” (1 Pedro 4).

E algumas passagens da Bíblia muito conhecidas dizem que a cada um será dado segundo suas obras. Mas, ainda por serem pouco evoluídos no conhecimento de Deus, os teólogos cristãos antigos criaram para nós, ocidentais, uma cultura errada sobre Deus, como sendo um ser vingativo e perigoso que pune com penas infinitamente maiores do que as nossas faltas. Assim, nos ensinaram erradamente que a palavra “eterno” significa para sempre, quando é temporária, aliás, como vimos, de acordo com a Bíblia: segundo nossas obras. E esse adjetivo “eterno”, tempo indefinido e não sem fim, tem seus correspondentes bíblicos em latim: “aeternus”; em grego: “aionios” e em hebraico “olam”. Então, não há penas sem fim, mas ninguém deixará de pagar o que semear, não por vingança de Deus, mas para que aprendamos, com os nossos próprios erros no decorrer de nossas reencarnações, que vale a pena semearmos sempre o bem…

Neste ensejo, que Putin, com sua absurda guerra injusta contra a Ucrânia, e os abusadores de seu poderoso poder dos Três Poderes do Brasil, para fazer o mal, se cuidem, pois os carmas de suas colheitas serão brabos…

Artigo publicado no jornal O Tempo em 13/06/2022
PS: Com este colunista: “Presença Espírita na Bíblia” na TV Mundo Maior”, e a tradução do Novo Testamento completo, Ed. Chico Xavier, (31) 3635-2585 Cássia e Cléia. contato@editorachicoxavier.com.br
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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.