A mediunidade é uma faculdade humana, que consiste na sintonia espiritual entre dois seres. Normalmente, a usamos para designar a influência de um Espírito desencarnado sobre um encarnado, muito embora, na definição de “médium”, dada por Allan Kardec (1804-1869), não se discuta a identidade ou a natureza desses espíritos. Assim ele o definiu: “Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. […]”. (KARDEC, 2007b, p. 211). Sendo assim, julgamos que, por se tratar de uma aquisição do espírito imortal, pouco importa a situação em que se encontrem esses dois seres, para que se processe a ligação espiritual entre eles.
É comum, que ataques ao Espiritismo ocorram por conta desse “dom”, como se ele viesse a acontecer exclusivamente em nosso meio. Ledo engano, pois, conforme já o dissemos, é uma faculdade humana; e assim sendo, todos a possuem, variando apenas quanto ao seu grau, conforme nos asseverou Kardec, quando da sequência de sua fala anterior: “Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. […]” (KARDEC, 2007b, p. 211).
Os detratores querem, por todos os meios, fazer com que as pessoas acreditem que isso é coisa nova, justamente para transparecer que só acontece no Espiritismo; mas podemos provar que a mediunidade não é nenhuma novidade e que até mesmo Jesus dela pode nos dá exemplos. É o que veremos a seguir.