“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.” (Friedrich Nietzsche)
Lemos o artigo que leva o título de “A teoria da reencarnação”, que foi extraído da obra Seitas e Heresias, p. 46-48, cujo autor é Raimundo de Oliveira publicado pela editora CPAD em 1994 na sua 10ª edição, e compilado pelo CACP e publicado neste mesmo site, correspondente ao link (http://www.cacp.org.br/a-teoria-da-reencarnacao/). Diante de nosso direito inafiançável de resposta, analisaremos o que é exposto e daremos a nossa contra-argumentação.
Percebemos que a obra em referência fez um apanhado acerca do tema reencarnação e ressurreição nas Escrituras, vindo a negar a reencarnação através dos exemplos da ressurreição diante dos fatos nela expostos. Contudo, ao exame da Bíblia que fizemos, faltaram algumas análises ignoradas pela obra em referência e que iremos desenvolvê-la. Antes, porém, vamos ao texto compilado pelo CACP destacado, logo em seguida, virão nossos comentários.
Vejamos: A teoria da reencarnação se constitui no cerne de toda a discussão espiritista. Destruída esta teoria, o espiritismo não poderá subsistir. Sobre o assunto, escreveu Allan Kardec: “A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição… A reencarnação é a volta da alma, ou espírito, à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, pp. 24,25).
Primeiramente, teremos que corrigir o autor da obra que de forma equivocada passa a informação aos seus leitores de que a teoria da reencarnação é o ponto principal da Doutrina Espírita. O que já de início é provado que o autor da obra que estamos respondendo carece de fundamentação, pois a Doutrina Espírita está fundamentada na filosofia, moral e ciência destrinchada em suas obras basilares da Codificação Espírita, sendo a reencarnação, um dos pontos incluídos nesta base apresentada, ao qual através da filosofia, apresenta a reencarnação como a aplacação da justiça divina, através da lei de causa e efeito, imputada através das vidas sucessivas aos indivíduos que fazem o bom ou mau uso de seu livre arbítrio, as implicações científicas desta lei natural (Jo 3,12) na vida dos encarnados, bem como a moral por detrás das máximas de Jesus.