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A Torá e a Reencarnação

Nesta terceira revisão, além das obras incluídas com as novas bibliografias judaicas especializadas no tema, foi inserido a posição da ciência quanto ao trato na Terapia de Vidas Passadas, tendo em vista a abrangência que esta pesquisa tomou, acrescentou profundamente ao trabalho inicial, dando-lhe maior embasamento.

Existem traduções e traduções, onde percebi que até mesmo dentro do próprio judaísmo não é unânime algumas delas, mas a interpretação na tradição oral salta aos olhos e é a partir dela que desenvolvemos a pesquisa na revisão anterior, mas nesta atual revisão, incluímos a pesquisa de obras de Terapia de Vidas Passadas, especialmente não espíritas, onde encontramos um importante posicionamento científico de Brian Weiss.

Este é um dos temas não explorados por Kardec que no seu tempo foi um grande erudito e lançou luzes sobre o assunto, através das mensagens espirituais analisadas por ele e registradas na codificação espírita. Ao pesquisar as obras básicas do Espiritismo, não encontramos menção sobre o tema que desenvolveremos. Muitos dos críticos apenas apontam suas observações, mas não nos apresentam o seu ponto de vista, vindo a se tornar meras cavilações.

Com as novas descobertas, é palatável que tenhamos chegando a uma conclusão razoável sobre o tema, vindo a tornar a pesquisa bem robusta e com argumentos antes defendidos, outrora ampliadas e alguns até alterados.

Este texto nasceu em uma lista de discussão protestante, onde participaram judeus, protestantes, católicos e espíritas por volta dos anos de 2005 e 2006. O registro desses debates não se encontra mais disponíveis devido ao desligamento deste fórum no ano de 2006, vindo a ser desativado e apagado todo o seu conteúdo de cunho público. Foram anos de debates e também de estudo.

Entendemos que agora, após um refinamento de ideias, pesquisas e comparações entre os originais hebraicos, gregos, latinos e o português, é que chegamos ao entendimento de tão importante passagem do Êxodo registrada na Torá e Tanah, bem como outras mais que desenvolveremos. Iremos, porquanto, dividir com os demais leitores o fruto deste trabalho de anos a fio em pesquisas. Esperamos que apreciem.

Nossa abordagem neste estudo será o entendimento dos judeus, na época de Jesus, quanto à reencarnação, bem como documentamos em nosso artigo de pesquisa “O diálogo entre Jesus e Nicodemos” que foi desmembrado e se transformou uma de suas partes neste artigo, devido ao longo trabalho que foi desenvolvido de pesquisa na Torá, Tanah, Septuaginta, Vulgata Latina e demais traduções ocidentais da Bíblia ao qual conhecemos nos dias de hoje, bem como em alguns tratados do Talmud Babilônico.

Faremos, portanto, uma análise de algumas passagens polêmicas que dão base para a reencarnação e que se encontram no Antigo Testamento, onde entendemos que deu origem a ideia da reencarnação, mas que com as traduções atuais, ocultam o real sentido, nos remetendo a ideia das punições hereditárias que não apregoam a essência da Torá. Abordaremos neste estudo, o entendimento dos judeus, na época de Jesus, quanto à reencarnação. Assim como fizemos na análise do diálogo entre Jesus e Nicodemos, estabelecendo de antemão que a reencarnação é uma lei natural (Jo 3:12).

Vejamos, por oportuno, se os judeus acreditavam ou não na reencarnação. Em caso positivo, como a entendiam. É importante frisarmos que dentro do próprio judaísmo existem correntes que não acreditam na reencarnação.

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Thiago Ferrari
É Articulista do GAE desde 2005. É Técnico em Mecânica, Engenheiro Mecânico, MBA em Gestão de Projetos PMI - PMBoK e Bacharel em Teologia. Atua no setor de energia desde 2002. Nascido em lar espírita desde Abril/1978. Voltou ao Movimento Espírita em 2004, devido a uma breve passagem pelo movimento evangélico desde 1998 a 2003.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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