Tomando como base o que consta dos quatro Evangelhos montamos o seguinte quadro comparativo:
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O que queremos destacar aqui é o acréscimo de Mateus em relação ao terremoto e ao aparecimento dos santos mortos, após seus sepulcros se abrirem, passando, claramente, com isso a ideia de ressurreição física. Ora, Jesus disse que “O Espírito é que dá a vida, a carne não serve para nada”. (Jo 6,63), e o apóstolo Paulo afirma categórico, “a carne e o sangue não podem herdar o reino dos céus” (1Cor 15,50); então a ressurreição só pode ser entendida como sendo a do espírito: “é semeado corpo animal, mas ressuscita corpo espiritual” (1Cor 15,44). Por outro lado, se “Deus é Espírito” (Jo 4,24), não há sentido algum a gente ir gozar de Sua companhia com um corpo físico, apropriado à vida terrena e não à espiritual; pensar que isso pode ocorrer é pura demência.