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Allan Kardec e Chico Xavier, a cada um sua missão

“Todos querem fazer obra insólita; é comuníssima a glória tão vã como egoísta de querer testar à posteridade uma hipótese pessoal, haja ou não haja incompletos dados para sustê-la.”
(MANUELA VASCONCELOS)

Introdução

Os enciclopedistas Russel Norman Champlin e João Marques Bentes, em Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, definindo o que significa “possessão demoníaca”, a certa altura, dizem:

Josefo (De Belo Jud. VII 6,3) pensava que os demônios eram os espíritos dos homens maus, que depois da morte voltavam a este mundo, e essa ideia era comum entre os antigos, incluindo os gregos. Também foi ideia de alguns dos pais da Igreja, como Justino (cerca de 150 d.C.) e de Atenágoras. Tertuliano (1) foi o primeiro a mudar de ideia na igreja, aceitando que os demônios são anjos caídos, e não espíritos humanos. Finalmente, Crisóstomo (407 d.C.) rejeitou a ideia de que os demônios são espíritos humanos, e a igreja aceitou que os demônios são outros espíritos, talvez pertencentes à ordem dos anjos. […]. (2) (grifo nosso)

O que vemos nessa informação é que a ideia de um só homem acabou por prevalecer no cristianismo, sobrepujando o que antes se tinha como crença comum.

Isso é uma demonstração cabal do que algumas pessoas produzem com suas ideias, especialmente, quando encontram campo fértil em meio a mentes que não fazem nenhum esforço para pensar pela própria cabeça, em razão disso preferem, por comodismo, preguiça ou qualquer outro motivo, seguir a opinião de outros, muitas vezes, julgando-os de maior conhecimento que elas próprias.

 

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Paulo Neto
É palestrante e articulista da Mídia Escrita Espírita e não Espírita, com vários artigos publicados em um grande número de jornais e revistas, muitos dos quais poderão ser encontrados na Internet e principalmente neste site.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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