“Não negueis a realidade de um fato, apenas por não o poderdes explicar.” (ALLAN KARDEC)
Do artigo “Mediunidade mental”, publicado na Revista Espírita 1866, mês de março, transcrevemos o seguinte trecho de seus parágrafos iniciais:
Um de nossos correspondentes nos escreve de Milianah (Argélia):
“A propósito do desligamento do Espírito que se opera em todo o mundo durante o sono, meu guia espiritual mo exerce durante a vigília. Enquanto o corpo está entorpecido, o Espírito se transporta ao longe, visita as pessoas e os lugares de que gosta, e reentra em seguida sem esforço. […] Também o exerço no recolhimento, o que me proporciona a agradável visita de Espíritos simpáticos, encarnados e desencarnados. […] A conversação mental se estabelece, como na comunicação intuitiva, e esse gênero de conversa tem alguma coisa de adoravelmente íntimo. […].
“Há alguns dias apenas, tive a vossa visita, caro mestre, e pela doçura do fluido que me penetrava, acreditei que era um de nossos bons protetores celestes; julgai de minha alegria em reconhecendo, em meu pensamento ou antes em meu cérebro, como o próprio timbre de vossa voz. […].” (2) (grifo nosso)
As vibrações elevadas que Allan Kardec emitia, na condição de Espírito emancipado, fez com que o seu correspondente o confundisse com algum Espírito protetor. Ora, se “O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado das impurezas físicas e morais do encarnado; […]” (3), então podemos concluir que o Codificador possuía essas qualidades em um grau elevado.