Muitos detratores do Espiritismo, não tendo argumentos lógicos e suficientes para refutar seus princípios, buscam, desesperadamente, encontrar outros meios de “abalar” seus alicerces, atacando as pessoas e não os seus pensamentos. É uma atitude totalmente fora de propósito, sem falar que também é anticristã.
Trata-se de velha tática, conforme podemos ver, por exemplo, com o acontecido com Darwin, através do livro A Goleada de Darwin, de Sandro de Souza, que, lendo-o, nos fez lembrar de algumas acusações dirigidas a Allan Kardec. Diz o autor:
Logo após a morte de Darwin começaram a surgir rumores nos meios religiosos de que, no leito, teria renunciado à sua teoria e abraçado novamente o cristianismo. O relato mais conhecido dessa possível reconversão foi dado por uma certa Sra. Hope em um artigo para uma revista batista mais de 30 anos após a morte de Darwin. (1) Ela relatou que Darwin não só lamentou ser o autor de sua teoria como se reconverteu em um cristão. Embora a existência de uma Sra. Hope que visitava enfermos na região em que Darwin morava tenha sido verificada por um dos biógrafos de Darwin, James Moere, (2) tudo leva a crer que seu relato é falso. O principal problema com esse relato é que foi negado por vários parentes de Darwin que estavam ao seu lado no momento da morte. O filho Francis, em uma carta para Thomas Huxley, afirma que os rumores de que o pai teria renunciado à teoria da evolução no leito de morte “… são falsos e sem fundamento”. Mais tarde, em 1917, afirmou: “Não há razão para acreditar que ele tenha alterado as suas visões agnósticas”. Outros membros da família fizeram declarações com o mesmo teor. (3) Todos os biógrafos de Darwin concordam que ele provavelmente nunca tenha renunciado às suas ideias científicas. (4) (Informamos que nas transcrições e no texto normal todos os grifos em negrito são nossos. Quando ocorrer de não ser, avisaremos.)
Em relação a Allan Kardec, três coisas absurdas dizem dele: 1ª) que havia se suicidado; 2ª) que teria, no leito de morte, negado a reencarnação; e 3ª) que, ao final de sua vida (ou depois de morto), arrependeu-se de ter criado o Espiritismo. Vamos ver até onde vão essas “verdades”; para isso analisaremos item a item.