Ao lermos um livro novo sempre surgem questionamentos, para os quais buscamos respostas, que deverão ser claras para nós, antes de as “passarmos para frente”, principalmente se estamos na condição de expositor, evangelizador ou de escritor. Atualmente, nota-se uma onda avassaladora de novas obras, algumas até atraentes pelas novidades, mas que postulam leitura atenta e análise criteriosa, a fim de que os malefícios de um deslumbramento inoperante não nos atinjam.
O livro em pauta, de autoria atribuída ao Dr. Inácio Ferreira, psicografia de Carlos A. Baccelli, mostra um Espírito muito diferente do Dr. Inácio Ferreira retratado por Manoel Philomeno de Miranda, na obra “Tormentos da Obsessão”, psicografada por Divaldo Pereira Franco. Nesta obra, fica-se sabendo que o ilustre clínico é responsável por um pavilhão da grande instituição hospitalar fundada por Eurípedes Barsanulfo, onde são tratados, amorosa e respeitosamente, médiuns que falharam no desempenho de suas missões. Causa estranheza, na obra ora sob análise, o ilustre clínico apresentar-se como personagem controversa, que se ufana de sua rudeza, cuja tônica, nesta e em outras obras, é atacar os espíritas e, mais particularmente, os médiuns, usando uma linguagem, no mínimo, vulgar.