Ao lermos um livro novo sempre surgem questionamentos, para os quais buscamos respostas, que deverão ser claras para nós, antes de as “passarmos para frente”, principalmente se estamos na condição de expositor, evangelizador ou de escritor. Atualmente, nota-se uma onda avassaladora de novas obras, algumas até atraentes pelas novidades, mas que postulam leitura atenta e análise criteriosa, a fim de que os malefícios de um deslumbramento inoperante não nos atinjam. O livro em pauta, psicografado por Carlos A. Baccelli, tem a autoria espiritual atribuída ao Dr. Inácio Ferreira, médico psiquiatra, um dos primeiros especialistas da área a ter a coragem de declarar-se espírita e, nessa condição, tratar muitos pacientes. Causa estranheza, nessa obra, o ilustre clínico apresentar-se como personagem controversa, rude mesmo, cuja tônica, nesta e em outras obras, é atacar os espíritas e mais particularmente os médiuns. Entretanto, não é apenas a sua postura pessoal que causa estranheza, mas determinadas “revelações”, que merecem cuidadosa análise. Reparto com meus irmãos as minhas dúvidas, por julgar que, não tendo a o Espiritismo “autoridades doutrinárias”, cabe-nos a todos nós, espíritas, o dever de preservar-lhe a integridade e a pureza doutrinária.