Há uma confusão entre o que realmente é animismo e o que frequentemente se atribui a ele. Muitas vezes, o termo é usado para designar qualquer coisa que provém do médium durante fenômenos mediúnicos. A questão é: não seriam duas coisas distintas? De um lado, os recursos usados pelos Espíritos e, de outro, a manifestação da alma ou Espírito do médium.
Para muitos espíritas, qualquer coisa do próprio médium, seja ele o que for, é considerado animismo. Isso inclui a utilização de conhecimentos do médium pelo Espírito manifestante e a doação de ectoplasma para fenômenos de efeitos físicos. O pensamento comum é que tudo vindo da “alma do médium” é visto como animismo, sem distinção.
Em abril de 1867, Allan Kardec, na Revista Espírita, explicou que o Espiritismo ainda não disse sua última palavra, tanto sobre coisas físicas quanto espirituais. Ele destacou que muitas descobertas serão fruto de observações futuras e que o Espiritismo, até o presente, apenas colocou os primeiros degraus de uma ciência de grande importância desconhecida.
Essa explicação de Kardec é ocasionalmente lembrada para reforçar que o Espiritismo não tem ponto final e que será enriquecido por observações ulteriores dos que virão depois de nós.
Boa leitura!