Será que a Bíblia condena mesmo o Espiritismo? Por que certas pessoas insistem em dizer que o melhor para os espíritas seria ler a Bíblia? “Vocês não conhecem a Jesus”, exclamam.
Comete grande equívoco a este respeito quem assim pensa. “Conhecer” é um verbo transitivo direto que, segundo o dicionário, significa: ter ou chegar a ter conhecimento, estar bem informado, saber, reconhecer etc. Nesse passo, nós, os espíritas, “conhecemos” a Jesus, sim. Não só estamos bem certos da missão de nosso Mestre como sabemos que Ele não veio ao mundo para tão-somente O ficarmos adulando em cultos de louvores em templos de pedra.
Quer ver o Evangelho ser realmente “pregado”, quer dizer, posto em prática? Aqueles que assim se referem, deveriam, antes de propalar tamanhos absurdos, fazer uma visita a uma de nossas instituições de caridade, como os núcleos espíritas em dias de suas reuniões públicas de palestra evangélica; deveriam visitar creches, hospitais, orfanatos e asilos espíritas.
Quanto à Bíblia Sagrada, por que a Bíblia condenaria o Espiritismo, se o Espiritismo absolutamente não existia quando a lançaram? Quem afirma que a Bíblia o desaprova induz os que lhes dão ouvidos em erro. É uma inverdade! Desde os primeiros trechos do Antigo Testamento (AT) que se tem notícia (décimo século antes de Cristo), ou desde o seu primeiro exemplar lançado em Alexandria (1º século, a. C.), não há sequer uma ínfima alusão à Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec. Esta foi dada a conhecer em 18 de abril de 1857, século 19, portanto.