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Bíblia e Constituições com seus intérpretes

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Problema das interpretações fora do contexto

Os sacerdotes judeus, os padres e os pastores sempre ensinaram que a Bíblia é a palavra de Deus. Com isso, eles quiseram e querem dizer que o que eles ensinam são verdades incontestáveis, pois eles se apoiam no ensino bíblico. Na verdade, como tenho dito muito em meus escritos, a Bíblia é a palavra escrita por homens sobre Deus, e eles não são infalíveis… Não teriam os políticos criadores das Constituições, principalmente das nações ocidentais, se inspirado nas afirmações dos líderes religiosos sobre os textos bíblicos tidos como infalíveis?

Mas, assim como a Bíblia tem seus ensinos alterados ou retificados, ouve-se dizer muito que determinado país mudou sua Constituição. Inclusive, a nossa, do Brasil, atualmente, tem recebido algumas emendas, com o objetivo de alterações de algumas questões que a evolução administrativa do Congresso julga por bem.

De fato, porque os criadores das Constituições não são infalíveis, eles cometeram erros ao criarem-nas, do mesmo modo como aconteceu com os que escreveram os textos bíblicos. Os que ainda creem que a Bíblia é literalmente a palavra de Deus é porque ainda não a estudaram profundamente.

E, assim como existem biblistas que, baseados num texto bíblico isolado e fora, pois, do contexto, interpretam ideias bíblicas, erradamente, apoiando-se num cochilo literário do autor sagrado, existem também juristas, advogados, juízes e ministros que cometem erros judiciários baseando-se apenas em uma palavra, às vezes, mal-usada, também, por um cochilo literário de um constituinte, que disso se aproveitam para defender ou condenar indevidamente um cidadão. Por isso, os homens que militam no Judiciário têm que ter muito cuidado, muita prudência, para não cometerem injustiças, principalmente quando se trata de um ministro do STF, cujas decisões, sem serem ditatoriais, são semelhantes às ditatoriais, pois o réu, ou suposto réu, não tem mais condições de apelar para outra instância superior. E, se uma decisão for de ministros do STF que se deixem influenciar por questões ideológicas, ela fica ainda mais sujeita a se tornar injusta.

Esta coluna, por ser espiritualista, de vez em quando, é inevitável aparecerem nela assuntos de autoajuda e questões relacionadas com o nosso ego, o maior inimigo de nossa evolução espiritual e moral.

No momento atual, no Brasil, os Três Poderes têm que ter cuidado com seu ego, com um querendo ser mais poderoso do que o outro, com o desejo claro de querer ser destaque na mídia como anulador de uma decisão de outro poder. E isso é fruto claríssimo do ego inquieto querendo ser mais do que o outro. Portanto, urge que, neste momento, os componentes dos Três Poderes cuidem bem do seu ego, para que o Brasil possa prosseguir célere em busca da tranquilidade, do progresso e da paz!

Artigo publicado no jornal O Tempo em 20/12/2021
PS: Com este colunista na TV Mundo Maior: “Presença Espírita na Bíblia” e tradução do novo Testamento, (31) 3635-2585.
Para quem quiser acompanhar a discussão da coluna no jornal O Tempo. (CLIQUE AQUI)

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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