Primeira parte da tradução do artigo original publicado na revista ‘Paranthropology’, 2 (1), 2011. p. 35-47. As
referências serão apresentadas no parte final depois da última postagem (número 3).
Minha intenção aqui é apresentar a mediunidade de Chico Xavier em psicografias de recém falecidos. Como físico, deveria explicar os mecanismos envolvidos nessa mediunidade, como a mente do médium pode adquirir informação oculta que é tão abundante em psicografias, quais são as condições e exigências envolvidas no fenômeno, como a informação pode ser obtida dessa forma etc. Essa é uma tarefa muito difícil e busquei inicialmente invocar a teoria da comunicação (Griffin, 1987), assumindo que a informação está em algum lugar e que muitos detalhes do processo são bem compreendidos. Minha tentativa inicial mostrou a precariedade dessa abordagem. Além de ser um fenômeno humano, cada caso de mediunidade é único e tem suas próprias peculiaridades, requisitando estudo dedicado. Tal característica não permite enquadrar a mediunidade em categorias bem definidas o que parece ser importante na fase pré-científica de uma disciplina.