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Ciência, arte e vida

por Luiz Guimarães Gomes de Sá

Publicação: Opinião do Diário de Pernambuco 23/01/2014

Os avanços da ciência nos revelam com frequência, fatos que procuram explicar a origem do homem. Os fenômenos naturais acontecem, mas as explicações nem sempre são justificadas de forma convincente quanto às razões desses fatos, a exemplo dos ciclos de suas ocorrências e ainda, o que leva algumas forças serem superiores a outras, gerando fenômenos que dizimam milhares de pessoas.

Vivemos em eterna expectativa já que, somos impotentes para nos defendermos de todos os fenômenos naturais. A ciência pode explicar como ocorrem essas forças, mas por que elas teriam o “privilégio” dessa superioridade?

A interação do homem com a ciência e as artes faz a vida se tornar um amálgama de tudo que acontece ao seu redor. Quando apreciamos, por exemplo, um belo quadro valemo-nos da visão e alcançamos com os olhos a intenção mais intima do artista, onde as curvas, ângulos e outras figuras geométricas são a presença da ciência na arte projetada com a alma do artista.

Uma arte que envolve fortemente o homem é a música. A física explica o fenômeno vibratório que gera o som. Mas determinada peça musical nos leva à tristeza e outra, nos proporciona alegria sendo ambas oriundas de um mesmo nascedouro… Assim, o coração consegue se perguntar: por que, então, nosso ele não se torna receptivo somente para o lado da alegria? Por que será que temos que vivenciar essa alternância onde, obviamente, a alegria deveria ser a preferida?

O sofrimento e alegria são emoções que estão intimamente ligadas ao ser humano com estreita relação com a música, que é originária de um fenômeno físico. Como explicar esse vínculo que ocorrer indistintamente entre nós?

Trazemos todos esses questionamentos desde o nascimento e, quem sabe, os teremos até nossos últimos dias. Diz-se que viver só de alegria não seria nada agradável, mas quem gostaria de viver aborrecido, de mau humor ou triste?

Será que necessitamos conviver com elementos opostos como: alegria e tristeza, sorriso e lágrima, para que possamos valorizar o melhor deles como os polos positivos e negativos de uma pilha cujas diferenças interagem para gerar energia?

Nada obstante as afirmativas que envolvem a fé e as religiões, há inúmeras interrogações para tudo isso e por mais que nos aprofundemos nesse vasto universo que envolve os mundos da ciência, arte e vida, veremos que ainda não
temos uma explicação que nos tire tantas dúvidas…

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Luiz G. G. de Sá
Médico, pianista, compositor, escritor e produtor cultural. É membro da Academia Pernambucana de Música, sucedendo Luiz Bandeira que por sua vez, ocupou a vaga do Patrono Luiz Gonzaga. Articulista do Jornal do Comércio e Diário de Pernambuco há vários anos. Vencedor de inúmeros festivais de frevo e hoje tem 42 frevos de rua entre outros do gêneros como jazz, bossa nova, noturno, etc. Trabalhador do Centro Espírita Caminhando Para Jesus.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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