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Como Kardec, Francisco ensinou, e a verdade maior triunfou

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O Espírito de Verdade, que com esse nome se identificou a Kardec, é o que coordenou os trabalhos do codificador do espiritismo, e também o Consolador prometido. (João 14: 16 e 17). Ele sintetizou o espiritismo com a conhecida frase: “Fora da caridade não há salvação.” Na época, a Igreja Católica ensinava que “fora da Igreja Católica não há salvação”.

A frase espírita é uma verdade universal e religiosa inclusivista, pois todas as religiões e pessoas, se elas quiserem, podem praticar a caridade. Já a frase da Igreja era exclusivista, pois discriminava as pessoas de outras crenças, excluindo-as da salvação. Tudo bem, a Igreja Católica evoluiu e se corrigiu. Hoje, ela admite que o indivíduo se salva, independente da sua religião. Mas se a Igreja Católica (católico quer dizer universal) tivesse adotado uma frase semelhante à espírita: “Fora da caridade não há salvação”, ela poderia mantê-la para sempre, já que o sentido da frase espírita é mesmo universal. Para encurtar o assunto, a frase espírita é que é a certa, a verdadeira, a verdadeiramente universal e ecumênica. E são Pedro tem um pensamento semelhante ao do sentido dessa frase, que não discrimina ninguém: “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação.” (1 Pedro 1: 17). Veja-se que Deus não faz acepção de ninguém, e que nós somos julgados segundo as obras que fazemos. E é necessário mesmo que pratiquemos a caridade. Feliz, pois, aquele que é julgado segundo a caridade que praticou, já que será recompensado.

E vejamos o que diz Paulo: “Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se eu não tiver amor, nada serei.” (1 Coríntios 13: 2). Lembremos aqui que dons de profetizar, de curar etc, dons esses que Paulo chamou de dons espirituais, ou seja, do espírito santo do indivíduo, hoje são conhecidos por dons mediúnicos. “Quando o indivíduo ora em línguas, é o próprio espírito dele que ora”. (1 Coríntios 14: 14). Assim, falar em línguas, em transe mediúnico ou êxtase, é xenoglossia, isto é, falar de fato uma língua estrangeira desconhecida pelo médium ou profeta, como aconteceu em Pentecostes, e não produzir apenas ruídos de vozes que ninguém pode interpretar, pois não é uma língua estrangeira, mas apenas glossolalia (“zum zum zum… ou blá blá blá…”).

Tal qual nos ensinam Jesus, Paulo e Kardec, ou seja, que o amor (caridade) é o mais importante, também o Papa Francisco nos ensina, em “Civiltà Cattolica” (citado por Leonardo Boff, na sua coluna, em O TEMPO de 18-10-2013), que essa doutrina do amor é a fundamental do verdadeiro cristianismo. Eis o que ele disse: “o amor vem antes do dogma”.

 

José Reis Chaves
Outubro/2013

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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