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Conjeturando sobre a inteligência espiritual

Não pretendo entrar a fundo na inteligência espiritual, pois ela envolve ideias das mais polêmicas da Teologia Cristã Trinitária.

A inteligência espiritual procede de um espírito que interage com a mente do indivíduo em que ele atua. Pode-se dizer que é como se as duas mentes se fundissem em apenas uma ou apenas num espírito. Há até cientistas chamando a mente de espírito como sendo ela, pois, sinônima de espírito.

Todos nós temos ao menos um pouco de mediunidade. Então, todos nós podemos receber influência da inteligência espiritual, mas principalmente quem é médium especial, através do qual um espírito psicografa (escreve pela mão de um médium) ou fala pela boca dum médium, fenômeno psíquico ou mediúnico este que se chama psicofonia.

No passado, usava-se a taquigrafia para registrar a fala do espírito pela voz do médium. Depois da invenção do gravador, ficou fácil registrar esse fenômeno de psicofonia ou psicofônico.

Esses dois fenômenos, psicografia e psicofonia, podemos chamar de exemplos de inteligência espiritual, ou seja, que se origina de um espírito e que se mistura com o pensamento ou a mente de um indivíduo médium especial. Mas a inteligência espiritual pode ser um fenômeno muito sutil ou apenas intuitivo.

Mas que espírito é este atuando sobre alguém? Aqui entramos na área da teologia. Segundo a Cristã, principalmente a dos carismáticos católicos e dos protestantes e evangélicos pentecostais seria o Espírito Santo da Santíssima Trindade criado oficialmente no Concílio Ecumênico de Constantinopla de 381. Mas como ficam os contatos milenares com os espíritos através dos pneumatas (médiuns), inclusive, muito comuns entre as primeiras gerações cristãs, espíritos esses que os teólogos trinitaristas passaram a chamar de o Espírito Santo?

Com todo o respeito ao Espírito Santo Trinitário, na verdade, Ele é todos os espíritos que se manifestam através dos médiuns (na Bíblia chamados de profetas) e de pneumatas, desde as primeiras gerações cristãs e que foi Kardec que os chamou de médiuns. Vejam-se Efésios 1: 17, em que São Paulo pede um espírito de sabedoria e a 1ª Carta de João 4: 1, que nos recomenda que examinemos os espíritos manifestantes, não acreditando nos maus (atrasados ainda).

Então, repetimos que o Espírito Santo Trinitário, na verdade, representa um espírito manifestante, como já era antes da Santíssima Trindade, o qual pode ser bom ou santo (bem evoluído) ou falso e mentiroso (ainda atrasado).

E é por isso que não podemos acreditar em qualquer espírito, pois a influência da inteligência espiritual pode proceder de um espírito atrasado, não confiável, e que, portanto, não é nada santo!

Artigo publicado no jornal O Tempo em 08/04/2024
PS: (*) Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior. Vídeos de palestras e entrevistas em TVs no YouTube. Seus livros na Amazon, inclusive os em inglês. E a tradução da Bíblia, Novo Testamento. Contato Cássia e Cléia. contato@editorachicoxavier.com.br 

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.