O deísmo crê em Deus, mas não aceita religião, certos dogmas e a revelação. Rousseau era um deísta. O deísta é “primo” do agnóstico, que aceita Deus, mas considerando-O um ser inacessível para nós.
O espírita é meio deísta, no sentido de não ter rituais, porém, acata a revelação e o estudo científico e racional da Bíblia. Já o teísta, adepto do teísmo, crê em Deus, na revelação, nos dogmas, e até antropomorfiza Deus. Por culpa dos teólogos antigos e dos modernos, que mantêm os erros dos seus antecessores, cresce entre os cristãos o número de deístas, e, ipso facto, a indiferença religiosa, mormente na Igreja Católica.
E há um êxodo em todas as cerca de 340 igrejas cristãs. É que essas igrejas têm alguns dos mesmos erros da Igreja Católica do passado. E, assim, os fiéis cristãos estão, como nem macacos, pulando de galho em galho! A PUC-Minas, a exemplo de outras pucs, está criando o Curso de Pós-Graduação em Ciências da Religião, com o objetivo de combater principalmente a indiferença religiosa do Cristianismo.
Ora, quem lê esta coluna, sabe que ela vem mostrando, há tempos, o porquê do ateísmo e da indiferença religiosa do mundo de pós-modernidade, a saber, o ensino de doutrinas insustentáveis diante da Bíblia e da humanidade de hoje, mais evoluída e, portanto, mais sabedora que é das coisas. E lembramo-nos aqui de Kant, que, discordando de Leibniz e Descartes em questões filosóficas (“Crítica da Razão Pura”, pág. 373, Ed. Nova Cultura), afirma que um conhecimento sintético tem que se basear na experiência, à qual não pode pertencer o objeto de uma idéia.
E a isso acrescentamos: principalmente, se o objeto do conhecimento sintético ou substancioso for de uma idéia fantasiosa e anti-racional! Sabe-se que a fé não pertence à ciência. Mas a fé não pode ser contra a ciência e a razão. E esse novo curso da PUC-Minas seria um curso religioso científico mesmo, isto é, defensor incondicional das verdades, ou mais um curso em defesa daquelas teses doutrinárias, que, na pós-modernidade, estão tirando os fiéis do teísmo católico e levando-os para a indiferença religiosa do deísmo e até para o ateísmo?
Urge que todos nós cristãos renovemo-nos, desvencilhando-nos do desacreditado imbróglio teológico milenar, e descubramos as verdades apodíticas do Evangelho do Mestre que libertam!