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Dízimo, deve-se ou não pagar?

A nossa proposição nesse texto é apenas a de nos defender da acusação insana de um certo líder adventista, cujo nome não vem ao caso, de que o Espiritismo é antibíblico, por não cobrar o dízimo, dentre várias outras coisas que aponta para nos incriminar de irmos contra a Bíblia. Assim, não temos por objetivo o de condenar os que assim agem, mas apenas o de usar do pleno direito de defesa, que nos cabe. Nossa intenção é demonstrar, para quem quiser enxergar, que quem cobra dízimo, especialmente da forma como se faz hoje, age em seu próprio nome e interesse, ou das organizações religiosas a que pertençam, uma vez que não possui nenhum respaldo bíblico ou supostamente divino para tal.

Sabemos ser essa uma questão de certa forma muito delicada, devido ao largo uso deste instituto pelas igrejas cristãs tradicionais, o que, aos olhos dos néscios lhe confere um caráter sacro. Certamente que apresentarão mil e um motivos para justificar a sua cobrança, pois ele, o dízimo, é, se não a única, a principal fonte do sustento da cúpula e de toda a hierarquia religiosa; do montante que arrecadam talvez uns poucos trocados vão realmente para a ajuda aos necessitados. Em alguns casos vemos sinceridade nessa aplicação; em outros, agem como aves de rapina, mantendo algumas obras filantrópicas de fachada para, com elas, sensibilizar mais os fiéis, para que lhes sejam bem generosos em suas futuras doações. Temos consciência de que falar disso vai atrair a ira desses “sepulcros caiados”; mas a verdade precisa ser dita, doa a quem doer.

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Paulo Neto
É palestrante e articulista da Mídia Escrita Espírita e não Espírita, com vários artigos publicados em um grande número de jornais e revistas, muitos dos quais poderão ser encontrados na Internet e principalmente neste site.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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