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E quanto ao Espírito não sabes donde vem

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Na Revista Veja, edição 1767, de 04 de setembro de 2002, encontramos uma reportagem intitulada “Onde estão os bebês gênios – Filhos do banco de sêmen dos prêmios Nobel são jovens de inteligência normal”, relatando sobre o multimilionário americano Robert Graham que criou um banco de sêmen. Até aí tudo bem, pois nos dias de hoje isso é normal. Mas, o que difere esse dos outros é que ele deveria ser formado com esperma de “cientistas brilhantes, de preferência ganhadores de Prêmio Nobel”, na esperança de se formar uma legião de crianças superdotadas.

O repórter Daniel Hessel Teich, relata que na semana passada foi identificada uma pessoa nascida cujo esperma utilizado foi o deste banco de sêmen. Mas, não deu o resultado esperado, ou seja, a pessoa não tem nenhuma genialidade.

O jornalista americano David Plotz, diz a reportagem, já localizou quinze crianças, e segundo suas palavras: “Esses meninos e meninas não têm nada de bizarro ou qualquer traço que os transforme em supercrianças”.

A opinião de Vera Fehér, supervisora do Banco de Sêmen do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, sobre a questão da transmissão da genialidade é: “As características físicas são, com certeza, herdadas pela criança. Quanto a particularidades como inteligência ou dotes artísticos, ninguém sabe se são transmitidas ou não”.

Poderemos responder a isso, de uma maneira bem simples: a própria história diz que não. Os pais dos grandes gênios, que surgiram até hoje na humanidade, foram todos eles grandes gênios? Por sua vez, todos os filhos dos gênios herdaram, essas características, de seus respectivos pais? Para ambas perguntas, a resposta é não. Assim, se levantássemos as características dos homens de inteligência excepcional, e as tabulássemos, teríamos comprovado, por metodologia estatística, que não há transmissão de genialidade dos pais para os filhos como uma regra geral.

Ao ler essa reportagem, lembramo-nos do colóquio de Jesus com um fariseu, chamado Nicodemos, que ao ser indagado sobre o que era necessário fazer para conquistar o reino dos céus, diz ao seu interlocutor: “O que nasce da carne é carne; o que nasce do Espírito é espírito”. Ora, é bem claro que o corpo físico procede do corpo, a hereditariedade prova isso de maneira incontestável, mas quanto ao espírito não há nenhuma herança, pois os espíritos procedem do Espírito, ou seja, têm como sua origem a Divindade, isso se bem entendemos as palavras de Jesus, quando afirma: “Deus é Espírito”.

Ocorre-nos, agora, o seguinte. Se não herdamos de nossos pais a genialidade, como se explicaria a existência dos gênios? Sendo Deus justo, ou seja, o que dá a um dá a todos, só encontraremos a explicação para este fato na pré-existência do espírito e na reencarnação.

O repórter, ao concluir seu artigo, diz: “A ciência ainda não é capaz de garantir aos pais o nascimento de bebês mais inteligentes do que teriam naturalmente, mas estamos a um passo da clonagem de seres humanos. E sabe-se lá de que outras novidades”. Nós afirmamos que a ciência nunca conseguirá transmitir por meios hereditários a inteligência de uma pessoa à outra. A clonagem, tão debatida nos dias atuais, não duplicará nada mais que corpos físicos, já que o espírito não será clonado. Como temos tanta certeza? As próprias leis de Deus. Veja, que os gêmeos univitelinos, diga-se de passagem, uma clonagem natural, embora fisicamente idênticos, possuem caráter, gosto, comportamento, inteligência totalmente diferentes. Se nessa clonagem natural, Deus, que tudo pode, não clonou também o espírito, por que razão o homem conseguiria? Até quando iremos ignorar a realidade do espírito? Se a ciência deixasse de ver no homem o corpo físico como o mais importante, encontraria a nossa realidade: de que somos um espírito habitando temporariamente um corpo.

Set/2002.

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Paulo Neto
É palestrante e articulista da Mídia Escrita Espírita e não Espírita, com vários artigos publicados em um grande número de jornais e revistas, muitos dos quais poderão ser encontrados na Internet e principalmente neste site.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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