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Em que acreditar?

Leiamos o texto de um e-mail que recebemos:

Amigos, sou evangélico, 45 anos, e tenho lido a revista Visão Espírita, onde também encontrei o site da Rede Visão. Fui educado no catolicismo, sendo parte de minha família católica e outra espírita. Quando adolescente, frequentava a casa de meus tios espíritas, mas não aceitava a doutrina, por ser católico e, em parte, também, por que havia um livro psicografado de Ramatis (espírito), que descrevia “vida inteligente (semelhante á humana, mas superior) em Marte, com cidades e tudo”, e eu não acreditava naquilo. Hoje sabe-se, com certeza, que tal planeta é totalmente árido, e a única esperança dos cientistas é encontrar vestígios de vida microscópica. Aos 30 anos, tornei-me evangélico (batista), e, assim, estou até hoje. De um pouco tempo para cá, entretanto, dei de questionar internamente, e em conversas com minha esposa, a questão bíblica do inferno, condenação eterna, a existência de um adversário de Deus (o diabo), etc… Curiosamente quase em seguida, vi nas bancas a revista Visão Espírita e começando a lê-la, fiquei surpreso com o fato de que o pensamento espírita batia com meus questionamentos. Para citar um fato, conversava com um amigo, também evangélico, perguntei-lhe:

“… como vai ser, quando chegarmos ao Céu, e não encontrarmos muitos de nossos parentes queridos e amigos?”

–Ora, não vamos ter consciência disso, respondeu.

“Não nos lembraremos deles, não saberemos que estão no inferno (permitam-me a letra minúscula, pois este lugar não merece maiúscula), pois no Céu não há tristeza.” Legal, né? Então seremos enganados! Confesso humildemente, que continuo evangélico, mais por medo que por amor, temendo que a Bíblia esteja certa no que se refere a isso, afinal são muitos anos imerso nesta cultura, embora não a aceite filosoficamente. Por outro lado, meu maior temor é que não exista Deus ou espíritos, e que após a morte, é o nada, a não existência (afinal se não nos lembramos de nada antes de nascermos é porque nunca existimos e não existiremos mais depois). Mas tomara que não seja assim. Espero que de alguma forma Deus possa me revelar a verdade (não por meus pouquíssimos méritos, mas por sua bondade e amor). Desculpem-me ocupar sua caixa postal com tantas palavras, mas precisava mesmo escrever. Por fim, informo que não sou “ciceriano”, respeito as demais formas de pensamento, e estou aberto a conversar com qualquer pessoa, independentemente de suas crenças. Procuro amar a todos como irmãos, e praticar o que julgo ser o verdadeiro amor de Deus e Jesus. Orem por mim, e que Deus os abençoe. Franciscatto. xxx – RJ.

Resposta ao Franciscatto:

Franciscatto, realmente entendemos o seu dilema. Se hoje não frequentássemos nenhuma corrente religiosa e nos propuséssemos a seguir alguma, estaríamos numa grande encruzilhada, pois qual delas é a verdadeira? Todas dizem ser a única verdadeira. Entretanto, se formos pesquisar, veremos que o livro base delas não é o mesmo.

A verdade não poderá estar em coisas que divergem. Veja, por exemplo: a Bíblia Católica possui 73 livros, enquanto que as protestantes, apenas 66. Assim, perguntaríamos qual delas possui a Bíblia verdadeira? A isso somamos as divergentes interpretações para um mesmo texto. Se não usarmos o bom senso e a lógica, não dá para tomar a decisão certa.

Observamos que, através dos tempos e ainda hoje, a Bíblia é usada para amedrontar as pessoas. Querem que tenhamos “temor” a Deus, mas desta forma não dá para conciliar com a ideia de um Deus-Pai apresentada por Jesus.

 

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Paulo Neto
É palestrante e articulista da Mídia Escrita Espírita e não Espírita, com vários artigos publicados em um grande número de jornais e revistas, muitos dos quais poderão ser encontrados na Internet e principalmente neste site.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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