Por várias vezes já nos deparamos com companheiros do Movimento Espírita sugerindo que não devemos evocar os espíritos nas reuniões mediúnicas de orientação e ajuda espiritual. Em que pese a capacidade e o conhecimento de alguns desses companheiros, se nos permitem opinar, diremos que não concordamos com essa posição, tendo em vista que ela é contrária ao que Allan Kardec (1804-1869) norteia nas obras da Codificação.
Em relação a isso, cada dia mais ficamos na certeza de que, apesar de muitos afirmarem seguir fielmente a Kardec, não o fazem por uma questão muito simples: não conhecem todo o pensamento do Codificador, muitas vezes ficam apegados a um livro ou outro, mas sem que tivessem a oportunidade de estudá-los na íntegra, se restringiram a alguns deles.
Percebemos que essa proibição, advogada por alguns espíritas, é, na verdade, como implantar no meio espírita algo comparável à proibição bíblica, exatamente aquilo que os detratores, especialmente os adeptos das correntes religiosas cristãs tradicionais, sempre usam para combater o Espiritismo apoiando-se na proibição de evocar os mortos feita por Moisés, quando esse alertava aos hebreus para que não se utilizassem das práticas divinatórias do povo cananeu.
Vamos analisar tudo isso, acrescentando a opinião de Emmanuel, sempre lembrada por aqueles espíritas que não concordam com as evocações de espíritos.