Esta máxima espírita “fora da caridade não há salvação” aparece várias vezes nas obras da Codificação Espírita. Geralmente é vista como se fosse de autoria de Allan Kardec (1804-1869).
O tema mereceu estudo especial do Codificador que o analisou no cap. XV – Fora da caridade não há salvação de O Evangelho Segundo o Espiritismo, onde, na parte destinada às “Instruções dos Espíritos”, foi inserida uma mensagem de Paulo, apóstolo, dada em Paris (1860).
Aliás, nesse capítulo é a única mensagem que consta das “Instruções dos Espíritos”.
Certamente que poderão surgir questionamentos a respeito do seu teor, como, por exemplo, este, cuja autoria não importa identificar: “Se fora da caridade não há salvação, então trata-se de uma caridade com um objetivo determinado, que é como dar uma coisa e receber algo em troca.”
Nosso propósito, nesse artigo, é justamente o de ver se faz sentido tal questionamento. Aproveitaremos também para identificar quando e por quem ela foi dita pela primeira vez, assim como o contexto em que, por várias vezes, foi empregada.
Informamos que em todas as transcrições o grito em negrito é nosso, quando ocorrer de não ser avisaremos.