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Fotografias Psíquicas e Fotografias de Fantasmas

“(…) o desenvolvimento do tema exigia que eu refutasse, baseando-me em fatos, a inefável objeção anti-espirítica segundo a qual, não se podendo assinar limites às faculdades supranormais da telepatia, da telemnesia, da telestesia, também nunca será possível demonstrar experimentalmente, portanto, cientificamente, a existência e a sobrevivência do espírito. (…) As provas de identificação espirítica, fundadas nas informações pessoais fornecidas pelos mortos que se comunicam, longe de serem as únicas que se podem conseguir para a demonstração experimental da sobrevivência, mais não são que simples unidade de prova, dentre as múltiplas provas que se podem extrair do conjunto de fenômenos metapsíquicos, mas, sobretudo, das manifestações supranormais de ordem extrínseca, as quais, de ninguém dependendo, resultam independentes dos poderes do inconsciente”.

Ernesto Bozzano, “Animismo ou Espiritismo?”, 1937

Hoje já é medianamente conhecido a uma parcela do meio espírita e no meio mais culto da população em geral a polêmica, travada normalmente por intermédio da mídia, sobre a questão da natureza e origem dos assim chamados fenômenos paranormais (etimologicamente, fenômenos ao lado ou paralelos aos considerados fenômenos normais).

Assunto polêmico por várias e complexas razões, transcendendo mesmo a soma dos fatos e evidências positivas colecionadas nos últimos 144 anos, tanto pelo espiritismo na sua vertente científica, quando pelos vários pesquisadores dos fenômenos psíquicos, ou psi, em especial a partir da célebre Society for Psychical Research britânica, fundada em 1880, atravessando a Metapsíquica francesa de Geley, Richet, Bozzano e Sudre, a atual Parapsicologia anglo-americana de Rhine, Bender e Pratt, a Psicobiofísica do professor Hernani Guimarães Andrade e a Psicotrônica (nome dado aos estudos psi no antigo bloco socialista do leste europeu), a questão da realidade dos fenômenos paranormais, apesar de seu conjunto de evidências, possui dois frontes principais de polêmicas de difícil solução, pois que é este um dos raros campos de conhecimento onde fica mais visível o posicionamento perante ideias adotadas a priori e calcadas em um determinado paradigma ou metafísica da realidade que propriamente baseadas e correlacionadas a fatos positivos, enormemente coletados, classificados e descritos nos últimos 144 anos, o que pode ser exemplificado por inúmeros exemplos.

Por Carlos A. F. Guimarães

 

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Colaborador GAE
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