Sempre nos chamou a atenção o épico bíblico sobre a conquista da cidade de Jericó pelos hebreus, narrada no livro de Josué.
Para que possamos nos situar diante dessa história, vamos, dentro do possível, resumir sua narrativa até chegar a esse ponto da conquista. O povo hebreu pernoitava às margens do rio Jordão, já se preparando para receber a posse da terra que Deus lhe havia prometido (aliás, eliminando os donos para dá-la a ele) tem pela frente, a cidade de Jericó. Josué, que o liderava, manda dois espiões para examinarem a cidade, que são recebidos por Raab, uma prostituta. Ela os esconde do rei de Jericó, tendo deles a promessa de salvá-la quando do ataque final à cidade. Depois disso Josué instrui que, na travessia do Jordão, os sacerdotes deveriam ir à frente, carregando a Arca da Aliança; e um fato extraordinário acontece, então: o rio se divide em dois; vejamos o relato:
Josué 3,14-17: “Quando o povo deixou as tendas para atravessar o Jordão, os sacerdotes que levavam a arca da aliança caminhavam na frente do povo. Chegando ao Jordão, quando os sacerdotes que levavam a arca molharam os pés na beira da água – pois o Jordão transborda sobre as margens durante o tempo da ceifa – a água que vinha de cima parou, levantando-se num só monte, bem longe, em Adam, cidade que fica ao lado de Sartã; e a água que descia ao mar da Arabá, o mar Morto, escoou totalmente, de modo que o povo pôde atravessar diante de Jericó. Os sacerdotes, que levavam a arca da aliança de Javé, ficaram parados no leito seco, no meio do Jordão, enquanto todo o Israel atravessava a pé enxuto, até que todos acabaram de atravessar.”
Estamos diante do nosso primeiro problema, qual seja, a divisão das águas do rio Jordão. Estaria repetindo-se o acontecido no Mar Vermelho? Vamos elucidar essa questão.