Volta e meia este tema, polêmico por sinal, é comentado no meio Espírita. Publicaram-se vários textos e livros a favor ou contra esta tese; estão à disposição dos que se interessam pelo assunto. Podemos até tratá-la como uma possibilidade; mas, para admiti-la, é necessário resolver dois pontos:
1 – que o Espírito de uma pessoa viva possa manifestar-se;
2 – que, manifestando-se, dadas as condições necessárias para tal, o Espírito encarnado possa assumir a personalidade anterior, que lhe é atribuída.
Bom, o primeiro ponto, na verdade, já está resolvido, pois o próprio Allan Kardec (1804-1869) narra, na Revista Espírita, casos de manifestação de Espíritos de pessoas vivas. Na do ano 1860, por exemplo, há muitos casos notáveis de evocação de pessoas vivas; porém, para que isso ocorra é necessário que o encarnado não se encontre em estado de vigília, conforme nos explicou o codificador (KARDEC, 2001a, p. 138).