Mais um estudo do Espírito Santo Trinitário

Era grande a influência do politeísmo nos primórdios do cristianismo e, principalmente, da mitologia que dominava entre todos os povos. E o politeísmo tem seu valor, pois ele não nega a existência do Deus maior e único que comanda os deuses inferiores a Ele.

E o cristianismo herdou alguma influência do politeísmo. A Igreja tem seus santos e anjos, como se fossem deusinhos. (João 10: 34; e Salmo 82: 6). E a doutrina espírita nos demonstra que os anjos são espíritos humanos irmãos nossos que já são bem evoluídos – como todos nós, um dia, seremos também, pois, Deus nos criou também como seres que evoluem e que, pois, só podem dar certo e nunca jamais errado.

E vamos agora ao Espírito Santo Trinitário, principal assunto desta coluna. Meus leitores assíduos já sabem que a palavra médium foi criada por Kardec. Mas, é claro que os contatos com os espíritos sempre existiram por meio de pessoas que eram chamadas de pajé, xamãs e pneumatas desde os primeiros cristãos. Esta palavra pneumata vem da grega “pneuma”, que significa espírito e vento ou ar.

Caros leitores que me acompanham. Os teólogos cristãos, quando o Espírito Santo Trinitário foi criado por eles, em meados do século IV, já conheciam a pneumatologia, que tratava dos pneumatólogos (hoje chamados de médiuns) que recebiam espíritos. E entre os teólogos havia também penumatólogos, então, os teólogos passaram a ensinar que o papa e os bispos em concílios ecumênicos recebiam o Espírito Santo (sem saberem bem que tipo de espírito era ele, se divino ou humano), enquanto que os leigos só recebiam “daimones” maus (espíritos humanos maus.)

Ora, se eles admitiam a existência de “daimones” maus, eles admitiam que havia também os “daimones” bons e até santos. E cada “daimone” bom que se manifestava para as autoridades eclesiásticas ficou conhecido como sendo o Espírito Santo Trinitário.

Fenômenos espíritas

Ora, esses contatos são fenômenos espíritas. (Conferir com são João em sua Primeira Carta 4: 1), em que ele nos ensina que temos que examinar os espíritos. Mas hoje, na internet, uns teólogos falam sobre e a conhecida e antiga palavra pneumatologia, já existente muito antes da criação dos Espírito Santo Trinitário. Repetimos, eles estão dizendo que a pneumatologia é o estudo do Espírito santo. Mas eles não estão tendo muito a dizer sobre o assunto…

E um detalhe: dos espíritos bons ou santos, os médiuns (profetas na Bíblia) recebem também inspirações ou intuições de verdades e até profecias verdadeiras, enquanto que dos maus espíritos, eles recebem tentações, inspirações ou intuições de ideias erradas e até falsas profecias, o que, mais uma vez, lembra o que João nos ensinou na sua carta anteriormente citada.

Artigo publicado no jornal O Tempo em 27/11/2023
PS: Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia” na TV Mundo Maior e a tradução da Bíblia (NT), 2ª edição, com notas inéditas interlineares e em negrito. (31) 3637-1048, Cássia e Cleia. contato@editorachicoxavier.com.br
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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.