Por que será que a Montfort atacou tanto o meu programa “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior, e a mim? Será que a TV Mundo Maior e este colunista incomodamos tanto assim a Montfort?
O certo é que a sua matéria foi realmente muito ofensiva tanto a este colunista como à citada TV da Fundação Espírita André Luiz (Feal). Ela se referindo a mim, por exemplo, chegou a dizer que o chavista infernal discorda de são Tomás de Aquino, santo Agostinho e Boécio sobre ser o tempo nosso diferente do tampo da eternidade. Veremos adiante que eu não tratei dessa questão nem na TV Mundo Maior, nem nesta coluna no diário O TEMPO, de Belo Horizonte, sobre o que voltaremos a falar linhas a seguir.
E um lembrete que gosto sempre de repetir: toda religião tem verdades e inverdades. Por isso, respeitemo-las todas por causa das verdades que elas contêm… Longe de mim querer dar uma de perfeito nas minhas ideias.
E, nesse ensejo, digo que sempre respeitei e respeito muito a Montfort. Creio mesmo que ela é muito útil à Igreja Católica, de que não só gosto, mas a amo, pois é minha religião de berço e, portanto, de meus pais e demais antepassados meus.
Questão da diferença de nosso tempo e do da eternidade, que não é uma só
Como prometi, voltemos à questão da diferença de nosso tempo e do da eternidade, que não é uma só: “De eternidade a eternidade…” (Salmo 90: 2|), as quais nada têm a ver com a diferença do nosso tempo e das eternidades, segundo os filósofos e teólogos anteriormente citados. Com o que nego a afirmação da Montfort de que não faço diferença entre o tempo da eternidade e o tempo nosso terreno.
E veja, na internet, o título da matéria da Montfort com seu texto integral: “A ignorância infernal de José Reis Chaves sobre as penas eternas”. E eis o que tenho abordado sobre o significado das palavras relacionadas com o tempo de duração das penas: “Olâm (hebraico), “aionios” (grego) e “aeternum” (latim) traduzidas e entendidas erradamente como “tempo sem fim”, quando o certo é indeterminado, pois depende da quantidade e da gravidade de pecados de cada um.
E disse Jesus: “Ninguém deixará de pagar tudo até o último centavo” (Mateus 5: 26). Ora, pago o último centavo, quer dizer que o indivíduo não vai pagar mais nada, o que joga por terra totalmente as chamadas “penas eternas”, entendidas como vimos por penas sem fim.
Justiça humana não pode ser mais perfeita que a divina
“Aidios” em grego é que tem o significado de penas sem fim, correspondente ao “sempiternus” em latim, palavras que não constam dos textos bíblicos para afirmar que nossas penas seriam sem fim, o que significaria, como vimos antes, uma negação do que nos ensinou o Mestre dos mestres. Ademais, convenhamos que, se assim fosse, a justiça humana seria mais perfeita do que a divina…