São Paulo foi contra a exigência de uma parte dos judeus de que os gentios fossem circuncidados para se tornarem cristãos. O Concílio de Jerusalém, no final do ano de 49,resolveu essa questão favorável a Paulo. Presidiu esse concílio o líder dos apóstolos Tiago (o menor), irmão ou primo de Jesus (Atos 15, 12 a 21), e não são Pedro. Também para o Evangelho apócrifo de são Tomé, esse Tiago foi o líder dos apóstolos.
Paulo, igualmente, nos mostra essa liderança (Gálatas 1, 18 e 19). Aliás, Pedro, pela Bíblia, não foi bispo de Roma. E o cristianismo acabou mesmo foi paganizandose, em parte, com os gentios. Na mitologia, os homens especiais eram chamados de “filhos de Deus” e divinizados.
Os faraós, reis e imperadores eram também considerados “filhos de deuses” ou mesmo deuses. E, assim, transformaram também Jesus, Filho de Deus, em outro Deus. Dos sacrifícios de sangue dos animais para a expiação de pecados, passou-se ao do sangue de Jesus no Gólgota.
E a ceia, que o Nazareno promoveu para despedir-se dos seus apóstolos, foi transformada em “Hostiae Piaculares” (vítimas sacrificadas para expiação dos pecados de outrem), do que surgiu o ritual da missa. Orígenes, Clemente de Alexandria (santo cassado pelo Papa Bento 14, no século 19) e o Papa São Gregório Magno ensinavam que a alma era do mundo espiritual, preexistente ao corpo, e que após a morte dele, ela ressuscitava no mundo espiritual (1 Coríntios 15,44 e 50, e Eclesiastes 12,7).
Eles ensinavam também que, oportunamente, a alma reencarnava em um novo corpo na Terra (Sabedoria 8,19 e 20). Assim, a ressurreição do espírito podia ser também na carne. Que o cristianismo, com suas mutações, alcance o quanto antes a verdade, libertando-se de suas exóticas doutrinas, que, há séculos, perturbam e dividem os seguidores de Jesus, sob o pretexto dos teólogos de que se trata de mistérios de Deus!