“A parte que ignoramos é muito maior que tudo quanto sabemos”. (Platão)
Lemos o artigo que leva o título de “O Espiritismo e a feiticeira de En-Dor”, assinado pelo Pr. Airton Evangelista da Costa e publicado no site CACP, correspondente ao link no mesmo site (www.cacp.org.br/o-espiritismo-e-afeiticeira-de-en-dor) Diante de nosso direito inafiançável de resposta, analisaremos o que é exposto e daremos a nossa contra-argumentação.
Neste texto, o pastor Airton tenta perpassar a ideia de que Samuel, após o seu desencarne, não se manifestara a Saul através da necromante de En-Dor, conforme registrado no Tanah em 1Samuel 28. Para manter esta posição, ele elaborou cerca de quatro pontos que contradizem a afirmativa de que fora o espírito de Samuel que se manifestou, dando a entender que foi um espírito maligno que se apresentou a Saul, via necromante. O que defendemos é justamente o fato de que foi Samuel quem se manifestou, de acordo com o Tanah (Bíblia Hebraica), o Talmud Babilônico e com o parecer do historiador Flávio Josefo (37/38 d.C. – 100 d.C;), esse, inclusive, corroborará que, realmente, foi Samuel quem aparecera na consulta de Saul a necromante de En-Dor.
Em linhas gerais, o fato de negar a aparição do espírito de Samuel a Saul, registrado em 1Sm 28, colide frontalmente com inerrância das Escrituras, tão defendida pelo pastor que tenta desacreditar tal evento com o único objetivo que é o de negar a comunicabilidade entre o plano físico e o espiritual, combatendo assim o espiritismo por tabela. Iremos analisar os argumentos do Pr. Airton para abalizarmos as definições e compará-las com a Bíblia hebraica, o Tanah que é a fonte mais próxima dos originais, a fim de testificarmos se logo de início a crítica procede. Vejamos:
A visita que fez o rei Saul a uma feiticeira, conforme registro em 1 Samuel 28.1- 25, tem sido usada pelos espíritas para legitimar a crença da comunicação entre vivos e mortos. Examinemos.