Um homem maltrapilho, na beira da praia, conversava sozinho, todos, ao vê-lo, diriam que tinha perdido o juízo. Estava colocando a água do mar num balde, para isso usava uma tampinha de garrafa de refrigerante. A todo momento dizia: “vai caber, vai caber!”.
Ao longe vinha o sr. Pároco, que ao avistá-lo, se entristece e resolve aproximar-se dele para lhe dar um conforto espiritual. Vendo que ele não parava de dizer “Vai caber, vai caber”, ficou curioso para saber o que ia caber em quê. Por isso perguntou ao homem: “Meu senhor, o que vai caber?” O homem olhou para o padre de soslaio, e, mantendo-se de cabeça baixa, disse-lhe: “Toda aquela água do mar irei colocar aqui nesse balde”.
O padre, agora com cara de espantado, retruca: “Mas meu filho, isso é impossível, pois a água do mar é infinitamente maior do que aquela que poderá caber nesse pequeno balde, estás louco?” Diante dessa, o homem se levantou, o que fez o seu vigário, por precaução, afastar-se um pouco, e olhando no fundo dos olhos do religioso, diz-lhe: “Mas muito pior do que eu é o senhor que quer que Deus caiba num corpo humano, és louco e não sabe, eu porém sei o que sou”.
O padre saiu de mansinho, pensado com os seus botões: “O que ele estaria querendo dizer com isso, não entendi nada”.
Essa é uma comparação simples para reflexão daqueles que acreditam que Deus tenha se encarnado entre nós, os mortais. E fica aí mais uma pergunta: Quando ele estava aqui, quem tomava conta do Universo infinito?