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O ser humano entre a fé e o conhecimento

Ateus e fanáticos religiosos

Nas linhas religiosas cristãs, predomina o pensamento de que a fé vale mais que o conhecimento e que na Bíblia há de tudo para que o homem possa saber. Ora, o que é o homem sem o devido conhecimento do certo e do errado? O que seríamos sem o conhecimento das ciências?

Muitos pregadores, na infeliz intenção de desqualificar o conhecimento do homem, e a favor de suas crenças, dizem que “a sabedoria do homem não é nada diante da sabedoria de Deus”. Como se alguém quisesse saber tanto quanto Deus.

Muitas crenças já não resistem mais à menor análise. Líderes desconversam para que os fiéis não obtenham esclarecimentos. Freud asseverou: “À medida em que os frutos do conhecimento se tornam acessíveis ao homem, mais acelerado é o declínio da crença religiosa”.

Todas as religiões merecerem respeito, mas todas estão eivadas de mitos e lendas antigas.

O dogma da fé cega sem o concurso da razão é o responsável pelo aumento tanto de ateus como de fanáticos religiosos. O conhecimento proporciona elevação, entendimento e equilíbrio. A fé precisa de uma base, o conhecimento, daquilo em que se crê. Quem defende que é preciso ter fé sem conhecimento está mal-intencionado.

Deus nos concedeu a faculdade do raciocínio para que o desenvolvamos a nosso favor e da humanidade. Desprezar o conhecimento humano é desprezar o estudo de suas leis, mas dizer que a Bíblia contém tudo o que o homem precisa é colocar um limite no Criador, que é ilimitado.

LUCIANO RIBEIRO
jun/2011
Publicado no Jornal OTEMPO em 03/06/2011, link:
http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=172986,OTE&IdCanal=2

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Luciano Ribeiro
Articulista do GAE desde 2005. É Técnico em Eletrônica, Licenciado em Filosofia e Colunista da Folha do Interior. Iniciou no Movimento Espírita em 1982, cursando o ESDE, Estudo Sistematizado da Doutrina Espirita.