“Divergência de opinião jamais deve ser motivo para hostilidade” (M. Gandhi)
Lemos o artigo que leva o título de “A falaciosa propaganda Espírita”, assinado pelo ICP, mas constante no site CACP, correspondente ao link (www.cacp.org.br/a-falaciosa-propaganda-espirita). Diante de nosso direito inafiançável de resposta, analisaremos o que é exposto e daremos a nossa contra argumentação.
Percebemos que o estimado autor do texto tentou anuir os dogmas criados em torno do Cristianismo primitivo ao longo dos séculos de acordo com inúmeros concílios e discussões. Entendemos que a essência dos ensinamentos do Mestre Jesus, sem qualquer toque rebuscado de dogma, é de cunho moral e nos leva a prática de seu Evangelho em transformação do ser humano, não pelos dogmas, mas antes pela vivência dos ensinamentos sublimes do Mestre, ao qual o Espiritismo tanto ressalta e que iremos desenvolver daqui adiante. Vejamos os argumentos do autor do texto em lide:
O espiritismo arroga para si a condição de ser autêntico Cristianismo. Será? A doutrina espírita nos ensina a praticar o Cristianismo em sua forma mais pura e simples, assim, o espírita procura ser um bom cristão. Ele sente que precisa combater seus próprios defeitos e praticar os ensinamentos de Jesus (“O Espiritismo em Linguagem Fácil”, p. 61).
Resposta apologética:
Para praticar o Cristianismo em sua forma mais pura e simples, em primeiro lugar seria preciso que o espiritismo tivesse sua base na Bíblia e suas crenças fossem as mesmas do Cristianismo histórico. Não é o caso. Daí porque o espiritismo usa uma falsa propaganda ao fazer afirmações como as citadas e como outras, entre as quais destacamos: É preciso que nos façamos entender. Se alguém tem uma convicção bem assentada sobre uma doutrina, ainda que falsa, é necessário que o desviemos dessa convicção, porém, pouco a pouco, eis porque nos servimos, quase sempre, de suas palavras e damos a impressão de partilhar de suas idéias, a fim de que ele não se ofusque de súbito e deixe de se instruir conosco. (Destaque nosso).Então, o texto citado afirma que Allan Kardec recomenda:
Primeiro: nos servimos… de suas palavras…
Segundo: damos a impressão de partilhar de suas idéias…
Com que propósito? a fim de que ele não se ofusque de súbito e deixe de se instruir conosco…Assim, para atingir seu objetivo, o espiritismo elogia Jesus Cristo dizendo: Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e de modelo? “Jesus”
Em seguida, segue-se uma declaração de Allan Kardec, nos seguintes termos: Jesus é para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a humanidade na terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele estava animado pelo Espírito divino e foi o ser mais puro que já apareceu na terra. (Destaque nosso).