Esse é um assunto que, de princípio, não chamava a nossa atenção para despertar em nós o interesse em fazer algum estudo dele. E, a bem da verdade, é um tema que não nos diz respeito, uma vez que não seguimos fileira no catolicismo e, além disso, não temos a mínima preocupação em ficar atacando a fé alheia.
Entretanto, pelo motivo de sempre estarmos às voltas com fundamentalistas católicos depreciando o Espiritismo, usando como uma das justificativas que a sua religião é a única verdadeira, utilizando-se, para isso, do argumento de que Pedro teria sido nomeado por Jesus como o primeiro Papa, e disso concluem que somente a Igreja Católica Romana é que tem as chaves do “reino dos céus”, e por isso quem estiver fora dela pode já ir se preparando para arder eternamente no fogo do inferno.
O certo é que esse estudo poderia muito bem não ter sido escrito, caso não se portassem dessa forma sectária e exclusivista, pois crer ou não nisso é algo do fórum íntimo de cada um.
Sabemos que, certamente, contrariaremos interesses seculares; entretanto, a verdade deve aparecer, porquanto “nada há oculto que não venha a ser conhecido” (Lucas 12,2).
Não sem razão, disse, oportunamente, o escritor José Reis Chaves:
Acontece que a verdade é, às vezes, para todos nós seres humanos, o que menos queremos ouvir, principalmente com relação aos nossos princípios religiosos, pois o nosso ego aflora logo com esses
assuntos. (CHAVES, 2006)