por Liszt Rangel
Logo de início, quando se ouvem as palavras Cristão e Cristianismo, deduz-se que elas possuem origem na palavra Cristo. A expressão é de origem grega, CHRISTUS e quer dizer, “o Ungido”. Na tradição judaica, os seus reis Saul, Davi, Salomão foram ungidos por profetas. Seguindo a linha deste pensamento, se os cristãos desejavam convencer os judeus e, posteriormente os pagãos, que Jesus Cristo, morto na cruz, era o Rei de Israel, logo, deve ter existido uma unção para Jesus, o que se verifica no suposto batismo do rio Jordão realizado por João Batista. E João não foi colocado como profeta? Então, Jesus teve, também, um profeta a ungi-lo!
Até hoje os cristãos creem que foi Jesus quem fundou o Cristianismo. Entretanto, não há qualquer fundamentação histórica, muito menos evidências para esta crença ser aceita como um fato. Ela nasce do pressuposto que Jesus seria o Messias, mas não foram poucas as vezes que, segundo as narrativas, ele mesmo não expressava interesse pelo título messiânico, ou quando fugiu das cidades (Marcos, 1:45), ou quando repreendeu as pessoas para que não falassem sobre isto. (Marcos, 3:12).
O problema de Jesus ser visto como o fundador de uma nova religião, não foi culpa da imensa maioria de cristãos analfabetos. Não, não! Eles não tinham tamanha engenhosidade para tal. Apenas seguiam o que diziam, não muito diferente dos muitos de ontem que seguiam os profetas, dos de hoje que seguem, de forma cega, políticos, pastores, padres, bispos, bispas, palestrantes, papas, médiuns, adivinhos e cartomantes.
O problema de Jesus ser visto como o fundador de uma nova religião, não foi culpa da imensa maioria de cristãos analfabetos. Não, não! Eles não tinham tamanha engenhosidade para tal. Apenas seguiam o que diziam, não muito diferente dos muitos de ontem que seguiam os profetas, dos de hoje que seguem, de forma cega, políticos, pastores, padres, bispos, bispas, palestrantes, papas, médiuns, adivinhos e cartomantes.