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Povos bíblicos antigos, de hoje e do futuro

Cristãos e judeus seguidores dos seus ensinamentos

A Bíblia é um livro composto de vários outros e que contam a história do povo judeu e cristão e de seu relacionamento com Deus. A sua escrita demorou cerca de 1.350 anos e foi por vários autores de tempos diferentes. E seus livros receberam a influência da ciência da época em que foram escritos e até da mitologia, que, às vezes, era considerada a própria ciência daqueles velhos tempos em que a Escritura Sagrada foi escrita.

Tudo começou com Abraão, primeiro patriarca bíblico dos judeus, tendo recebido de Deus Javé essa missão. Ele nasceu na cidade de Ur, na Caldeia, mais ou menos em 1800 a.C., e migrou para a Mesopotâmia.

O povo judeu é conhecido por ser um povo dirigido e orientado pelo patriarca Abraão e pelo profeta Moisés. E Abraão, além de patriarca (criador de nações ou povos), é considerado profeta (“profetas”, em grego), que tem, às vezes, um sentido misturado com quem é sábio.

E, como ensina a doutrina espírita, profeta na Bíblia é médium. Sim, porque, conforme o tipo de médium, ele pode saber o futuro (pré-cognição) e o passado (retrocognição), sendo, pois, um sábio. Moisés, por exemplo, narra a criação do mundo, e não vivia naquela época. E Jesus é considerado um profeta, mas é também considerado o maior sábio que já houve em nosso mundo.

Como dissemos, realmente, às vezes, o profeta ou médium tem o sentido misturado com o de sábio. Jesus, por exemplo, é um profeta e, como já dissemos, é o maior sábio que já esteve em nosso mundo.

Os livros da Bíblia têm, às vezes, mais de um autor. Uns biblistas, por exemplo, ao abordarem o caso de Moisés, que narrou seu próprio enterro (Deuteronômio capítulo 34), dizem que foi outro autor, que terminou o citado livro dele, que fez tal narração. Mas outra explicação possível disso é que pode se tratar de psicografia, ou seja, foi o espírito de Moisés que, por meio de um médium, descreveu seu próprio sepultamento.

E nós, cristãos e judeus de hoje e os do futuro, podemos e poderemos dizer que somos, também, povos bíblicos. Sim, pois os povos considerados bíblicos são os judeus seguidores de Moisés, dos profetas que escreveram a Bíblia do Velho Testamento e também os que os seguiram e ainda seguem. E Jesus, os apóstolos, os que escreveram, escrevem hoje e escreverão amanhã e todos os seus seguidores cristãos e judeus de hoje e do futuro pertencemos, e os do futuro pertencerão, aos chamados “povos bíblicos”, tais quais os do passado.

E, assim, ousamos dizer que a história dos povos bíblicos continua e continuará sempre, pois continuam bem vivos os seguidores de seus ensinos, principalmente os do Decálogo, que é o melhor código de moral da humanidade.

Artigo publicado no jornal O Tempo em 18/11/2024
PS: (*) Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior. Palestras e entrevistas em TVs com ele no YouTube e Facebook. Seus livros estão na Amazon, inclusive os em inglês, e a tradução da Bíblia (N.T.). Contato (Cássia e Cléia): contato@editorachicoxavier.com.br ou jreischaves@gmail.com 

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.