Têm-se desenvolvido, desde há muito tempo, a ideia de que o homem só tem uma vida; quer dizer, só vive apenas uma vez. Não sabemos quando e como isso se iniciou; presumimos que seja por causa da narrativa bíblica sobre a criação do homem, onde se diz que Deus, após ter modelado o barro, dá a ele o sopro vital.
Até há pouco tempo atrás se pensava que o Espírito era ligado ao corpo das crianças no exato momento em que o recém-nascido “via” a luz, ao sair do ventre materno. Via está entre aspas, pois na verdade não via nada, já que nascia de olhos fechados, diferente das crianças de hoje, que já nascem com eles bem abertos. Ninguém se preocupava com a existência do espírito antes disso.
Mantendo esse ponto de vista, ou seja, de aceitarmos que o espírito é ligado ao corpo no momento do nascimento, devemos convir que Deus estaria se subordinando aos homens para a criação de Espíritos, pois, somente após o clímax de se cumprir a vontade de um casal de ter filhos, é que Deus poderia entrar com a criação do Espírito.