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Putin deu com os burros n’água, eis o perigo

Realmente, Putin deu-se mal com a guerra injusta criada por ele sem nenhum motivo. Ele esperava conquistar a capital da Ucrânia, Kiev, em dois dias, assim ampliando mais o seu império russo só com o desfile exibicionista e amedrontador duma parte das suas poderosas Forças Armadas, movimentando-se em direção à Ucrânia e fazendo ameaças até com armas nucleares ao país que, com soldados, interviesse na guerra a favor da Ucrânia.

Isso lembra Dom Quixote de La Mancha, que é um personagem fictício famoso de um romance espanhol de mesmo nome, também famoso, pois ambos são conhecidos por toda a literatura mundial, e cujo autor é o renomado escritor espanhol Miguel de Cervantes Saavedra, com seu estilo literário misto de característica ainda medieval e, também, de um estreante na literatura moderna.

Dom Quixote era um guerreiro maníaco que até confundia moinhos de vento, vistos de certa distância, como sendo seus inimigos em uma guerra imaginária existente só na mente dele. E ele até lutou com eles… Seu amigo e companheiro de viagem, Sancho Pança, explicou-lhe que ele estava enganado e que o que ele via como sendo guerreiros eram moinhos de vento, com o que ele concordou e ao mesmo tempo discordou, pois disse que seus inimigos tinham a aparência de moinhos de vento, por efeito de magia deles, para o enganarem e o pegarem de emboscada! E essa frase “moinhos de vento” até se tornou uma metáfora de loucura…

Na vida real, há pessoas meio malucas, com manias excêntricas iguais às do personagem Dom Quixote de La Mancha.

Pois bem, Putin cismou ou fingiu que cismou que a Ucrânia era muito próxima da Rússia e que ela, a Ucrânia, tinha que ter um governo amigo dela, pois, pela sua proximidade, era fácil a Rússia ser atacada por ela. E, por isso e por ser também a Rússia a segunda potência militar do nosso planeta, Putin se julgou no direito absurdo de invadir a Ucrânia e anexá-la como parte de seu império russo, como fez, em 2014, com a Crimeia, que era uma região limítrofe com a Ucrânia.

Acrescente-se a isso que aquela região é histórica e linguisticamente muito beligerante, e é mesmo, como se diz, um barril de pólvora. Ademais, Putin e seus correligionários não veem com bons olhos os numerosos e grandes investimentos de magnatas empresários estrangeiros da indústria de transformação de alta tecnologia na Ucrânia.

Terminando, se Putin vir se aproximar dele a sua inevitável ruína total, eis o perigo, pois, em mais uma de suas atitudes quixotescas, ele poderá querer arrastar com ele, à ruína total, todo o mundo, provocando a Terceira Guerra Mundial.

Artigo publicado no jornal O Tempo em 21/03/2022
PS: Com este colunista: “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior”, e a tradução do Novo Testamento completo, em segunda edição revisada e ampliada nos comentários e na introdução. Editora Chico Xavier, (31) 3635-2585 Cássia e Cleia. contato@editorachicoxavier.com.br
Para quem quiser acompanhar a discussão da coluna no jornal O Tempo. (CLIQUE AQUI)

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.