O primeiro ponto a ressaltar é que Kardec jamais usou a expressão “obras básicas”, mas, sim, “obras fundamentais” (1). Entretanto, seus seguidores acharam por bem criá-la; porém, temos percebido que no Movimento Espírita há indefinição do que vem a constituir as “obras básicas”. Quem, por exemplo, tiver a curiosidade de pesquisar na Internet sobre isso, verá que a confusão se instalou em nosso meio, tal qual uma nova torre de Babel.
Inclusive, querem uns (e esses não são poucos) relacioná-las ao vocábulo usado pelas correntes religiosas tradicionais para designar um conjunto de livros sagrados, que acreditam conter as revelações divinas, atribuindo-lhes o nome de “Pentateuco” da Codificação Espírita. Vemos nessa atitude certa incoerência, mas como, infelizmente, muitos não conseguem se desligar do que aprenderam em suas religiões de origem, acabam, se não intencionalmente, pelo menos de forma inconsciente, trazendo para o nosso meio uma palavra nunca dita ou mencionada pelo Codificador.