Chega-nos a notícia de que um determinado líder religioso, querendo justificar que sua religião é boa, disse que o Deus dele é bom, mas que no Espiritismo isso não acontece, pois nosso Deus é cruel, já que faz com que pessoas renasçam aleijadas e outras com muito sofrimento. Estaria ele admitindo a existência de mais de um Deus?
Certos indivíduos agem como um verdureiro que, querendo provar que o tomate que vende é bom, usa do argumento de que o do seu concorrente é que é ruim, enquanto que deveria demonstrar que seu produto é bom, por razões de qualidade, sabor, visual, etc.
Gostaríamos de saber como eles conseguem explicar que Deus, sendo bom, faça nascer criaturas aleijadas, cegas, surdas, mudas, paralíticas, sem usar como argumento o princípio da reencarnação. Se vivermos, conforme pregam, uma só vida, que nos apresentem seus argumentos para estabelecer essa bondade do Deus que seguem, já que as pessoas nascem dessa forma, independentemente de acreditarem na reencarnação ou não. Por outro lado, como conciliar essas situações com “Deus não faz acepção de pessoas” (At 10,34). Porventura não mais prevalece o “…vós que sois maus sabeis dar boas coisas a seus filhos, quanto mais o Pai Celestial…” (Mt 7,11)?