Quem realmente é Satanás e quem são os demônios?

Primeiramente é preciso definir o que de fato os hebreus foram influenciados para se chegar à crença em satanás. Sabemos que satanás é mencionado 15 vezes no velho testamento e 98 vezes no novo testamento. Sabemos ainda que Eva foi tentada pela serpente, mas que ela não representava a figura de satanás, assim como definimos no nosso texto em parceria com Paulo Neto, “A serpente é satanás?”, mas vamos recorrer o que lá expusemos, na obra A Gênese.

A palavra nâhâsch existia antes na língua egípcia, com o significado de negro, provavelmente porque os negros tinham o dom do encantamento e da adivinhação. Foi talvez por isso também que as esfinges, de origem assíria, eram representadas com a figura de um negro.

 

Não foi senão na versão dos Setenta – que, segundo Hutcheson, corromperam o texto hebreu em muitos lugares, – escrita em grego no segundo século antes da era cristã, que a palavra nâhâsch foi traduzida para serpente. As inexatidões dessa versão, sem dúvida, prendem-se às modificações que a língua hebraica sofrera no intervalo; porque o hebreu do tempo de Moisés era então uma língua morta, que diferia do hebreu vulgar, tanto quanto o grego antigo e o árabe literário diferem do grego e do árabe modernos. (KARDEC,1993, p. 219) (grifo nosso).

 

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Thiago Ferrari
É Articulista do GAE desde 2005. É Técnico em Mecânica, Engenheiro Mecânico, MBA em Gestão de Projetos PMI - PMBoK e Bacharel em Teologia. Atua no setor de energia desde 2002. Nascido em lar espírita desde Abril/1978. Voltou ao Movimento Espírita em 2004, devido a uma breve passagem pelo movimento evangélico desde 1998 a 2003.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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