Independente do que estamos interpretando, o que vamos “ver” é tudo quanto nossa mente conseguirá assimilar, levando-se em conta os dados com os quais nosso cérebro foi alimentado, no decorrer de nossa existência como espírito imortal. Poucos conseguem se livrar disso, para enxergar um pouco “além do véu”, de forma a entender o sentido mais amplo, saindo da letra que mata, para ir ao encontro do espírito da letra.
Percebemos que a exegese aplicada aos textos bíblicos, na maioria das vezes, está condicionada a esse fator, e é por isso que há tantas interpretações para uma mesma passagem; inclusive, acontece até mesmo o caso de serem contraditórias umas com as outras. Observa-se que, para certos exegetas, a narrativa do autor bíblico pouco importa, pois o que se torna mais importante para eles é que o seu entendimento, do que está escrito, seja a verdade. Essa é a outra face dessas interpretações.