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Refletindo sobre as enchentes no RS

Uma parte dos leitores do presente artigo em O TEMPO poderá considerá-lo de conteúdo ingênuo e até mesmo ridículo, pois sou um leigo no assunto.

As enchentes que estão ocorrendo no Rio Grande do Sul poderão ocorrer novamente, dizem os entendidos de assuntos climáticos. Urge, então, que alguma coisa seja feita para evitá-las.

São muito conhecidos os vários tipos de cacimbas (poços) no Nordeste brasileiro para colher e acumular água de chuva num pequeno poço cavado com picareta, enxadão e pá.

E eis agora um exemplo não de cacimbas, poços ou minilagoas artificiais, mas de um lago artificial, o de Furnas, em Minas Gerais, na região da Serra da Canastra, o qual é um dos maiores do mundo e é até chamado, carinhosamente, de “mar dos mineiros”, cuja finalidade, como se sabe, é outra.

Os seres humanos fazem adaptações à natureza para torná-la melhor para eles, mudando, por exemplo, os cursos d’água e até de mares. Exemplos disso são o canal do Panamá, o de Suez e o estreito de Ormuz. E por que, então, eles não poderiam desviar cursos d’água de rios, o que é muito mais fácil do que mexer com as águas marítimas e oceânicas?

Voltemos ao assunto da tragédia provocada pelas enchentes do Rio Grande do Sul. Há solução para os problemas causados pelo excesso de águas pluviais, que geram complicações de águas fluviais com suas cheias para muitas populações, principalmente as que moram à beira e em proximidades de rios.

Como já foi dito, abordo a questão como leigo no assunto, não sendo, pois, surpreendente para mim especialistas na área apontarem as minhas prováveis falhas na complexa questão constante desta matéria.

E entremos no assunto. Primeiro, localizar uma área das roças (os gaúchos dizem das colônias) menos habitadas e mais próximas do rio Guaíba e de Porto Alegre, evacuando os moradores e animais da região, depois de indenizar os proprietários, sem os explorar, pela desapropriação de suas propriedades. Em seguida, colocando em ação tratores para fazer o desaterro da área da futura lagoa artificial que receberá o excesso da água das cheias do rio Guaíba, mas com os devidos cálculos de controle da engenharia para a instalação de comportas, a fim de controlar o curso da água necessária para as regiões abaixo do Guaíba, as quais necessitam de parte da água desse rio. Esse plano vale para os outros rios gaúchos, cujas cheias têm provocado, também, tragédias no Rio Grande do Sul.

A execução de tal obra faraônica terá um grande custo, é verdade, mas menor do que o do lago de Furnas. Por que, então, não buscar a solução do problema, realizando-a?

Artigo publicado no jornal O Tempo em 03/06/2024
PS: (*) Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior. Palestras e entrevistas em TVs com ele no YouTube e Facebook. Seus livros estão na Amazon, inclusive os em inglês, e a tradução da Bíblia (N.T.). Contato (Cássia e Cléia): contato@editorachicoxavier.com.br ou jreischaves@gmail.com 

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.